Israel: Ultra-ortodoxos acham que COVID-19 é perseguição ao judaísmo - abril 3, 2020 - Diretor do Cafetorah
Um repórter do Canal Ynet News documentou a violação da quarentena por parte dos moradores da cidade de Bnei Barak, quando dezenas forma rezar em uma sinagoga e ainda ouviu o que não queria de alguns presentes.
Segundo o repórter da Ynet News, alguns dos fiéis na sinagoga chegaram a declarar que não se trata de vírus mas sim de perseguição ao judaísmo ultra-ortodoxo. Infelizmente a mentalidade na cidade é que as leis são apenas sugestão e não para serem cumpridas.
Caos e desobediência a lei por parte dos judeus ultra-ortodoxos
Tanto em Bnei Barak e no Bairro de Mea Shearim em Jerusalém, a coisa mais comum é ver a população violando a lei. Quando o sinal está vermelho, eles ultrapassam, quando a lixeira está ao lado, eles preferem jogar o lixo no chão, quando tem que andar na calçada eles andam no meio da rua. Então, nada mais natural que quando o Ministro da Saúde é um ultra-ortodoxo, na frente da TV ele fala para todos respeitarem as diretrizes, mas quando sai dela, ele mesmo vai a sinagoga rezar, sem máscara, sem guardar distância de 2 metros, em fim, um verdadeiro hipócrita.
Desobediência as Autoridade poderá levar a catástrofe
No caso do COVID-19, a desobediência dos ultra-ortodoxos a lei poderá ser uma verdadeira espada de dois gumes, e os números não enganam, se a situação não mudar, poderão ser centenas ou milhares de mortos nas cidades religiosas do país.
Achar que o COVID-19 é de fato uma restrição a prática do judaísmo é uma verdadeira ignorância, pois estão esquecendo que a vida é mais importante do que seu desejo de continuar a vida religiosa e social a todo custo. Bnei Barak está próxima de se tornar a cidade com mais doentes e vítimas do Coronavírus em Israel.
COVID-19 não é perseguição ao judaísmo, é um vírus mortal, e como tal, todos devem estar debaixo da lei e obedecerem as diretrizes no país.
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