O gigante acordou. O povo resolveu tomar as ruas, sem partidos políticos, sem sindicatos, nem ONGs, sem o envolvimento das centrais sindicais. Foram milhões de pessoas em várias manifestações pelo Brasil afora, motivadas inicialmente pelo mote da redução da tarifa dos ônibus em 0,20 centavos. A primeira reação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin foi de total surpresa, sentimento compartilhado até mesmo pelo prefeito Haddad do Partido dos Trabalhadores. A imprensa demonstrava não estar entendendo a lógica dos acontecimentos. Os analistas políticos e econômicos esforçam-se atabalhoadamente para entender os fatos. As autoridades cedem na redução do reajuste, as manifestações não param, a violência policial acirra ainda mais os ânimos. Após o impacto negativo na imprensa, a violência policial diminui. O centro financeiro do país, a Avenida Paulista, vira palco permanente para a multidão. O mesmo acontece no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Salvador e outras