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Mostrando postagens de fevereiro 4, 2024

Iemanjá, a divindade africana que ganhou feição branca no Brasil - Edison Veiga Role,De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil - 2 fevereiro 2024

  CRÉDITO, GETTY IMAGES Legenda da foto, Iemanjá é uma divindade originalmente negra Article information Author, Se a água é a substância fundamental para a vida, talvez não haja metáfora melhor para representar a mãe da humanidade. Iemanjá, divindade cuja data é celebrada em 2 de fevereiro, é a rainha das águas e, acreditam os que a cultuam, a figura materna que irmana todas as pessoas. Em terras brasileiras — ou seja, nas  práticas religiosas  trazidas por africanos na diáspora forçada durante os séculos de regime escravagista e tráfico de mão de obra compulsória —, o orixá feminino ganhou ainda um significado que remete à ancestralidade. Afinal, se entendermos as costas brasileira e do  continente africano  como duas margens do mesmo imenso rio, o  Oceano Atlântico , é Iemanjá quem promove a união, por ser ela a divindade das águas. "Iemanjá é a representação da grande mãe da tradição iorubá", explica o sociólogo, antropólogo e babalorixá Rodney William Eugênio, doutor pel

O passado escravista escondido em um dos pontos turísticos mais famosos de SP - Letícia Mori Role,Da BBC News Brasil em São Paulo Twitter,@_leticiamori 20 novembro 2023

  Legenda da foto, No terreno onde ossadas foram encontradas, ativistas fizeram um mural Article information Author, Em meio a barracas de sushi e yakissoba, postes de iluminação com lanternas japonesas, jovens vestidos de personagens de anime e lojas de produtos asiáticos, uma única referência marca a importância da praça da Liberdade, em São Paulo, para a história da  população negra : uma pequena estátua da sambista Madrinha Eunice. A estátua homenageia a matriarca que veio do interior para a capital com 12 anos e fundou a Lavapés, uma das mais antigas  escolas de samba  da cidade. Nenhuma outra referência à  história dos negros e indígenas  é visível na praça. Nada indica que o local, antes de ser chamado de praça da Liberdade, era conhecido como Campo da Forca - onde eram enforcados os condenados à pena de morte por mais de um século, entre 1765 e 1874. Muitos dos condenados eram  escravizados  que ousaram se rebelar e fugir. Em 1821, por exemplo, foram executados ali José Crioulo