'Brasil não pode entrar apenas como vítima em debate sobre reparação de Portugal pela escravidão', diz Luiz Felipe de Alencastro - Thais Carrança Role,Da BBC News Brasil em São Paulo - Twitter,@tcarran
OHANN MORITZ RUGENDAS/WIKIMEDIA COMMONS Legenda da foto, Brasileiros participaram ativamente do tráfico transatlântico de escravizados e país tem que assumir sua responsabilidade, diz historiador A discussão sobre reparação histórica pela escravidão e pelos crimes cometidos durante o período colonial não pode se resumir a um diálogo entre Portugal e Brasil, afirma o historiador Luiz Felipe de Alencastro, um dos maiores pesquisadores da escravidão no Brasil. É preciso trazer Angola e outros países africanos, como Moçambique e Benin, para o debate, defende Alencastro. E o Brasil não pode entrar nessa discussão somente como vítima. Reparação histórica é um conjunto de ações cujo objetivo é diminuir as injustiças que aconteceram no passado contra certos grupos sociais, e assim promover a igualdade e combater a discriminação. "Os afro-brasileiros são vítimas, mas houve colonos brasileiros e proprietários, fazendeiros e comerciantes brasileiros [ que participaram do tráfico trans