Coronavírus: moradores lançam 'banco da favela' para enfrentar queda em doações e fome na pandemia - Thais Carrança - De São Paulo para a BBC News Brasil - 22 janeiro 2021
CRÉDITO, DIVULGAÇÃO G10 FAVELAS Legenda da foto, 'Nossa vontade é criar o primeiro 'unicórnio' da favela', diz Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis Ao longo dos dez meses de pandemia, a favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, contou com doações de cerca de 8 mil pessoas para manter um sistema de distribuição de marmitas, cestas básicas, kits de higiene e acompanhamento comunitário de saúde para sua população de mais de 100 mil habitantes — maior que 94% dos municípios brasileiros. Nos últimos meses, no entanto, as doações praticamente pararam. "Em dezembro, mês de Natal, tivemos 24 pessoas que doaram pequenos valores, enquanto temos um custo de R$ 59 mil por mês somente para manter ambulância e equipe médica", conta Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis. "Fazíamos 10 mil marmitas por dia. Depois tivemos que diminuir para manter. Até dezembro, fazíamos 5 mi