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O trabalho da imprensa foi dificultado ao máximo na cobertura da posse do Bolsonaro - Clarissa Passos Editora do BuzzFeed, Brasil


O trabalho da imprensa foi dificultado ao máximo na cobertura da posse do Bolsonaro


Os repórteres ficaram confinados por horas, com pouco acesso ao básico – como banheiro e água.

Os jornalistas que estão trabalhando na cobertura da posse de Jair Bolsonaro estão passando por maus bocados desde a manhã de hoje.

Pela primeira vez, os jornalistas não podem se movimentar entre os cenários onde acontecem os rituais da posse do presidente: o Palácio do Planalto, o Congresso e o Itamaraty.

Jornalistas que estavam no Congresso relataram ter ficado sem água e sem acesso a banheiros por um bom tempo.

Os repórteres tiveram que brigar para conseguir acesso a um bebedouro.

Os jornalistas que escolheram o Congresso sentaram no chão do Salão Verde – além de água e de banheiros, tampouco havia cadeiras disponíveis.

O mesmo aconteceu no Salão Negro – a falta de algo tão simples quanto uma cadeira ficou registrada pela imagem usada pelo próprio perfil oficial da Câmara dos Deputados.

No Itamaraty, alguns jornalistas estrangeiros simplesmente foram embora.

Eles foram levados de volta ao ponto de encontro determinado para todos os jornalistas desde o início, o Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília.

Apesar da informação inicial de que os jornalistas deviam levar o próprio lanche, na hora da revista alguns tiveram as comidas barradas.

Frutas só eram permitidas cortadas, como relatou também a colunista da Folha Mônica Bergamo.

Foi preciso muita reclamação...

Até que alguma estrutura mínima fosse levada a um dos locais onde os jornalistas estavam confinados – no caso, a chapelaria do Congresso.

Os representantes dos sites Conexão Política, Terça Livre e Brasil Paralelo tentaram desmentir os relatos dos problemas, especialmente os feitos pelas jornalistas Tabata Viapiana, da CBN, e Amanda Audi, do InterceptBR – mas na verdade eles estavam no Planalto, e não no Congresso, onde as repórteres, entre outros profissionais, passaram pelas dificuldades de acesso a água e banheiros.

Os jornalistas que estão confinados no Congresso não puderam tampouco assistir à comitiva em um telão que estava transmitindo a posse na TV.

Quando os convidados começaram a chegar ao Palácio do Planalto, um dos três locais de presença da imprensa, o cenário melhorou um pouco.

Em cada local, as dificuldades variaram.

Pelo menos no Palácio tinha cadeira.

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