Pular para o conteúdo principal

Vulnerabilidade no WhatsApp permite pleno acesso aos grupos - JOSÉ MENDIOLA ZURIARRAIN 12 JAN 2018 - POR: EL PAÍS


Facebook nega perigo, já que implicaria a invasão de seus servidores



Vulnerabilidade no WhatsApp
Um usuário utiliza o WhatsApp.  EFE
Um grupo de pesquisadores colocou à prova a segurança de vários aplicativos de mensagens. Descobriram que é possível acessar os grupos do WhatsApp, suas conversas e números de telefone, sem que os hackers encontrem medidas de segurança. No entanto, esta descoberta tem sua armadilha: para poder entrar nos grupos a partir dessa vulnerabilidade, é necessário ter acesso ao servidor do WhatsApp. Portanto, o Facebook minimiza a importância da descoberta com um argumento sólido, uma vez que, para explorar essa vulnerabilidade, seria necessário acessar seus ultraprotegidos servidores.
A descoberta desta potencial falha no sistema foi anunciada no âmbito do Real World Crypto, um concurso que reúne especialistas de segurança de todo o mundo e que puderam ouvir as explicações da equipe de pesquisadores da Universidade Ruhr de Bochum, que contrastaram a segurança do WhatsApp com os aplicativos Signal e Threema, os máximos expoentes em criptografia do mercado. Os dados não deixaram margem para dúvidas: quem tiver acesso aos servidores do WhatsApp, pode acessar sem problemas um determinado grupo do aplicativo de bate-papo e, a partir daí, tomar conhecimento das conversas e interlocutores. "A confidencialidade do grupo é interrompida no momento em que um membro não convidado consiga acessar todas as mensagens e lê-las", afirmou Paul Rössler, um dos integrantes da equipe que identificou a vulnerabilidade.
O que está falhando, se o WhatsApp se vangloria justamente de contar com criptografia de ponta-a-ponta? A equipe descobriu que o aplicativo, pertencente ao Facebook, deixou uma brecha pela qual, em teoria, poderia se ter acesso aos grupos, confiando a segurança a seus próprios servidores. Ou seja: para entrar num grupo, o hacker deve ter acesso ao servidor da empresa, algo que parece bastante improvável quando se conhecem as medidas de segurança que as grandes firmas adotam. Visto esse tema, poderia se pensar que o acesso está bem blindado, e isso é exatamente o que sustenta Alex Stamos — chefe de segurança do Facebook — em seu perfil do Twitter, minimizando a notícia e sugerindo que o título da revista que a publicou, a prestigiosa Wired, foi bastante alarmista.
Stamos explica que os grupos do WhatsApp são configurados de uma forma que qualquer novo acesso é notificado aos demais membros. Portanto, qualquer acesso não desejado ao grupo seria rapidamente neutralizado. O aplicativo de mensagens utiliza o protocolo Signal e, a esse respeito, Moxie Marlinspike, um dos seus desenvolvedores, respaldou o WhatsApp. Ele disse, com ironia, que se uma plataforma incorpora segurança aos seus produtos, será um claro alvo para os pesquisadores. “É mais efetivo ser o Telegram: deixe a criptografia fora de tudo... menos do seu marketing”, escreveu, em referência à ausência opcional de criptografia nesse serviço de mensagens.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Carta das Centrais Sindicais ao Presidente Bolsonaro

“EXMO. SR. JAIR MESSIAS BOLSONARO MD. PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA – DF Senhor Presidente, As Centrais Sindicais que firmam a presente vem, respeitosamente, apresentar-se à Vossa Excelência com a disposição de construir um diálogo em benefício dos trabalhadores e do povo brasileiro. Neste diálogo representamos os trabalhadores, penalizados pelo desemprego que atinge cerca de 12,4 milhões de pessoas, 11,7% da população economicamente ativa (IBGE/PNAD, novembro de 2018) e pelo aumento da informalidade e consequente precarização do trabalho. Temos assistido ao desmonte de direitos historicamente conquistados, sendo as maiores expressões desse desmonte a reforma trabalhista de 2017, os intentos de reduzir direitos à aposentadoria decente e outros benefícios previdenciários, o congelamento da política de valorização do salário mínimo e os ataques à organização sindical, as maiores expressões deste desmonte. Preocupa-nos sobremaneira o destino da pol

19 Exemplos de publicidade social que nos fazem pensar em problemas urgentes - POR: INCRÍVEL.CLUB

Criadores de propagandas de cunho social têm um grande desafio: as pessoas precisam não apenas notar a mensagem, mas também lembrar dela. Você deve admitir que, mesmo passados vários anos, não consegue tirar da cabeça algumas peças publicitárias desse tipo, que fizeram com que passasse a enxergar determinadas situações sob uma outra ótica. Se antes as propagandas sociais abordavam tmas como a poluição do meio ambiente com plástico e o aquecimento global, hoje existem campanhas sobre os perigos do sedentarismo, os riscos que o tabagismo representa aos animais em decorrência do aumento de incêndios florestais e até sobre a importância das férias para a saúde humana. São, portanto, peças que abordam problemas atuais e familiares para muita gente. Neste post, o  Incrível.club  mostra a você o que de melhor foi criado recentemente no campo das propagandas de cunho social. Fumar não é prejudicial apenas à sua saúde, mas também aos animais que vivem em áreas que sofrem com incênd

Empresas impõem regras para jornalistas

REDE SOCIAIS Por Natalia Mazotte em 24/5/2011 Reproduzido do Jornalismo nas Américas http://knightcenter.utexas.edu/pt-br/ , 19/5/2011, título original: "Site de notícias brasileiro adota regras para o uso das redes sociais por jornalistas"; intertítulo do OI Seguindo a tendência de veículos internacionais , o site de notícias UOL divulgou aos seus jornalistas normas para o uso de redes sociais , de acordo com o blog Liberdade Digital. As recomendações se assemelham às já adotadas por empresas de notícias como Bloomberg , Washington Post e Reuters : os jornalistas devem evitar manifestações partidárias e políticas, antecipar reportagens ainda não publicadas ou divulgar bastidores da redação e emitir juízos que comprometam a independência ou prejudiquem a imagem do site. Segundo um repórter do UOL, os jornalistas estão tuitando menos desde que as diretrizes foram divulgadas . "As pessoas estão tuitando bem menos. Alguns cogitam deletar seus p