Testemunha liga vereador e ex-PM a assassinato de Marielle, diz jornal
Um vereador do Rio e um ex-policial militar são apontados por uma testemunha como os mandantes da morte de Marielle Franco (PSOL), conforme publicado pelo jornal O Globo na noite desta terça-feira (8). Segundo a reportagem, o vereador Marcello Siciliano (PHS) e Orlando Oliveira de Araújo -ex-PM preso acusado de chefiar uma milícia- foram apontados como responsáveis pelo planejamento do crime.
Além da vereadora, o motorista Anderson Gomes também foi morto numa rua do bairro do Estácio, na zona norte do Rio, no dia 14 de março. O carro foi atingido quando Marielle voltava para casa.
As informações foram dadas por um homem que trabalhou para um grupo paramilitar do Rio, segundo o jornal carioca. Ele teria procurado os policiais para contar, em troca de proteção.
Marielle era conhecida por denunciar abusos de policiais e milicianos no estado.
Siciliano tem como reduto eleitoral o bairro de Vargem Grande, região dominada por milícias, que cobram de comerciantes e moradores por serviços nas comunidades.
De acordo com a reportagem, o homem que revelou o esquema trabalhou como segurança do ex-policial militar.
Nos seus depoimentos à polícia, ele contou com detalhes o planejamento do assassinato da vereadora do Rio.
Carlos Alexandre Pereira Maria, 37, o Alexandre Cabeça, e Anderson Claudio da Silva, 48, foram mortos pelos milicianos, segundo o jornal.
Segundo O Globo, a testemunha contou que o crime começou a ser planejado em junho do ano passado. Ele disse que presenciou pelo menos quatro conversas entre o político e o ex-policial. Também informou nomes de quatro homens escolhidos pela dupla para cometer o crime.
De acordo com a reportagem, pelo menos dois homens foram mortos depois do assassinato de Marielle Franco, como queima de arquivo.
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