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Renovação, não Pode ser Sinônimo de Paralisia - Por: Marcos Benedito


Tive uma experiência riquíssima na minha militância!

Passei por várias entidades, nas esferas sindicais, governamentais e da sociedade civil. 

E uma coisa sempre me chamou a atenção em nosso meio, e hoje, eu posso afirmar com toda a tranquilidade, que a minha desconfiança era fundamentada, e que isto, torná-se mais evidente para mim!

Tratá-se do assunto: renovação de direção.

Muitas entidades, vangloriam-se por terem a capacidade de renovar 30, 40 ou até 50% da sua direção num processo eleitoral. 

Na minha avaliação, renovação sem capacitação, formação, investimento pessoal, foco e estratégia, pode representar na verdade, um grande erro político.

Renovação sem critério é a mesma coisa que abandonar-se um projeto, interromper-se o curso de uma trajetória, desfazer-se de mão de obra capacitada, trocando-a por lideranças inexperientes.

Tenho pra mim, que este é um dos males da esquerda brasileira! 

As disputas internas, associadas à uma centralização de poder, cria um ambiente favorável á troca de "companheiros", que muitas vezes não estão "alinhados" com o pensamento daqueles que exercem o controle da entidade, seja ela, sindical, partidária, ou até mesmo da sociedade civil organizada. 

Neste caso, troca-se simplesmente...

Abrindo mão da experiência do acúmulo, da representatividade, da capacidade de liderar, do "know all" adquirido no exercício da militância.

Quem perde com isto?

São os representados, que a cada processo de renovação, veem a luta regredir, ou até mesmo estacionar. 

E quando a "engrenagem" começa a andar, vem outra renovação sem critérios, e tudo volta a estaca zero!

Enquanto isso, os patrões sentem-se aliviados, pela "oxigenação", pela falta de experiência, pela descontinuidade da luta, devido à necessidade dos empregados, ou da militância, em renovar os seus quadros!

A renovação desprovida de plano estratégico, capacitação na militância, formação de novas lideranças, é uma forma de perpetuar o poder concentrado nas mão de poucas pessoas.

Pois uma direção, onde a sua maioria é inexperiente, não tem a capacidade de manter um patamar elevado na discussão, tornado-se refém daqueles que buscam manter-se no poder à qualquer custo, mesmo que isto possa representar prejuízos na luta, e consequentemente, perdas para os que são representados por aquela instituição/entidade.

Particularmente, sou favorável ao processo de renovação, associado à um projeto de médio e longo prazo, onde haja investimento político, capacitação e o incentivo ao surgimento de novas lideranças!

Comentários

  1. Há que se observar tudo e nunca, em momento algum, generalizar.

    Renovar é preciso, com a cautela necessária. Não se pode, pelo contrário, colocar entraves com medo de mudança.

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