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A Mara Salvatrucha, uma organização também conhecida como MS-13, é considerada como um dos grupos criminosos mais violentos e perigosos do mundo - POR: SPUTNIK BRASIL


Membro da quadrilha Mara Salvatrucha (foto de arquivo)

'Pior que Al-Qaeda': conheça um dos bandos criminais mais cruéis do mundo

© AP Photo/ Edgard Garrido
A Mara Salvatrucha, uma organização também conhecida como MS-13, é considerada como um dos grupos criminosos mais violentos e perigosos do mundo. Apesar de não ter conseguido tantas receitas como outros grupos mafiosos, a dimensão e brutalidade de suas atrocidades têm se expandido por quase todo o continente norte-americano.
O principal objetivo dos membros deste bando é infundir o terror em qualquer pessoa que se interponha em seu caminho. Atualmente, o grupo opera em 42 estados dos EUA e em vários países da América Latina. Segundo diversos dados, é constituído por 70 mil-100 mil membros, maioritariamente centro-americanos (salvadorenhos, guatemaltecos e hondurenhos). Sua principal fonte de renda provém do narcotráfico do México.
A quadrilha é conhecida por sua extrema crueldade: sua arma favorita, mas não a única, é o machete. Nos corpos de muitas vítimas encontram 13 facadas: uma marca dos criminosos e uma mensagem para todos os que tentam perturbar a Mara Salvatrucha. O número 13 é uma referência ao grupo Los Emes. A "M" é a 13ª letra da maioria dos alfabetos de origem latina e significa "mara" ou quadrilha para os mafiosos.
Além do tráfico de drogas, o grupo recebe lucros do tráfico de pessoas, extorsão, venda de armas, sequestro, roubo e assassínios por contrato.
Um dos crimes mais notórios dos membros da MS-13 foi o estupro em 2002 nos arredores de Boston de duas adolescentes com deficiência. Uma delas se movia em cadeira de rodas devido a paralisia cerebral enquanto sua amiga era surda. Deste modo os criminosos se vingaram do pai de uma das meninas, que uns dias antes tinha tido uma briga com os mafiosos.
No entanto, a maioria dos homicídios ligados a este bando ocorre entre membros do próprio grupo devido à desconfiança. "Se é uma rata, vai morrer", diz uma das regras da MS-13, que funciona sem exceções.
Assim, Brenda Paz, que tentou acabar com seu passado criminal e começou a informar o FBI sobre as atividades da quadrilha, foi morta por seu próprio noivo, apesar de ele saber que a mulher estava grávida dele.
O ritual de ingresso no grupo também se destaca por crueldade. Este consiste em que outros membros batem no novo companheiro durante 13 segundos. Depois, ele deve cumprir sua primeira missão: lutar, roubar ou matar alguém. Os criminosos entram na Mara Salvatrucha muito cedo, havendo no bando crianças de oito anos de idade.
Os membros da Mara Salvatrucha se distinguem por tatuagens que cobrem o corpo e muitas vezes a cara, assim como pelo uso de sua própria linguagem gestual.
A MS-13 foi criada nos anos 80 e 90 nas ruas de Los Angeles, Califórnia (EUA) com o fim de cuidar dos salvadorenhos emigrantes que tinham sido obrigados a abandonar o país por causa da guerra civil.
Os horrores da guerra que os integrantes da MS-13 sofreram em El Salvador converteram-nos em assassinos impiedosos.

Supõe-se que o movimento começou por causa dos maus tratos e a discriminação que os salvadorenhos sofriam.
Quando o governo dos EUA começou a deportar membros da quadrilha para El Salvador, isso apenas contribuiu para o crescimento da Mara Salvatrucha.
Em julho deste ano, o novo presidente norte-americano, Donald Trump, durante um discurso, declarou como um dos objetivos da Administração estadunidense "desarmar, destruir e erradicar a MS-13".
"São iguais ou piores do que Al-Qaeda [grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países]", frisou Trump.
No mesmo discurso, o presidente apelou à polícia para que não seja "demasiado branda" com os criminosos.

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