Pular para o conteúdo principal

OBSERVANDO A PAUTA - O poder de destruição de uma bomba como a que a Coreia do Norte testou - POR: JOSÉ M. ABAD LIÑÁN Twitter DAVID ALAMEDA Twitter Madri 10 SET 2016 - EL PAÍS/ ESPANHA








Quais seriam os efeitos para uma cidade se sobre ela fosse lançada uma bomba como a testada na madrugada desta sexta-feira no subsolo da Coreia do Norte? Um simulador baseado em modelos físicos permite representar esquematicamente os danos de uma explosão dessa magnitude (10 quilotons, segundo os cálculos do Ministério da Defesa da Coreia do Norte) se, em lugar do subsolo, tivesse ocorrido sobre uma cidade.



Bola de fogo

Mostra o tamanho da bola de fogo nuclear (200 metros) para una bomba de 10 quilotons. O tamanho depende da altura em que é feita a detonação (a ferramenta permite especificá-la). Se a detonação se produz em contato com o solo, a quantidade de chuva radiativa (os produtos resultantes da reação nuclear) é maior.


Corrente de ar (pressão de 1,3 atmosfera)

Toda a área pelo menos a 470 metros do centro sofre uma sobrepressão semelhante à de 1,36 atmosfera, suficiente para derrubar edifícios de concreto. Nesse raio, a mortalidade imediata alcança praticamente 100%.


Corrente de ar (pressão de 0,34 atmosfera)

Toda a área a menos de um quilômetro do centro sofre uma pressão de pelo menos 0,34 atmosfera, que é o bastante para derrubar a maioria dos edifícios residenciais.


Radiação

A 1,25 quilômetro da área da explosão, as pessoas recebem uma dose de radiação de 5 sievert. Sem tratamento imediato, a mortalidade é de 50% e 90% apenas pelos efeitos imediatos, sem levar em conta os efeitos no médio prazo da explosão da radiação.


Radiação térmica

A 1,4 quilômetro da explosão, 100% das vítimas sofrem queimaduras de pelo menos terceiro grau.

A ferramenta informática, desenvolvida no Stevens Institute de Technology (Nova Jersey), representa em círculos concêntricos sobre um mapa o alcance aproximado dos diversos efeitos da bomba. Para isso, executa um algoritmo que os calcula, embora na vida real possam variar porque o simulador ignora variáveis como o terreno ou a blindagem de edifícios. No entanto, para o diretor do Departamento de Física Atômica, Molecular e Nuclear da Complutense, Fernando Arqueros, trata-se de um simulador “razoavelmente sério” e que “justifica” os elementos empregados para o cálculo.
O ensaio da Coreia do Norte foi subterrâneo, o que provoca efeitos “muito diferentes” dos que esse simulador estabelece, pois ele só leva em conta uma explosão no nível do solo ou a uma determinada altura. “As provas subterrâneas costumam gerar uma cratera e o raio de alcance não tem por que estar tão bem definido [como no simulador]. Trata-se de algo difícil de calcular, entre outras razões, pelas peculiaridades da geologia do terreno”, afirma o especialista.
Em seguida estão expostas as simulações para a Cidade do México, Buenos Aires, Rio de Janeiro e Bogotá.









Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Carta das Centrais Sindicais ao Presidente Bolsonaro

“EXMO. SR. JAIR MESSIAS BOLSONARO MD. PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA – DF Senhor Presidente, As Centrais Sindicais que firmam a presente vem, respeitosamente, apresentar-se à Vossa Excelência com a disposição de construir um diálogo em benefício dos trabalhadores e do povo brasileiro. Neste diálogo representamos os trabalhadores, penalizados pelo desemprego que atinge cerca de 12,4 milhões de pessoas, 11,7% da população economicamente ativa (IBGE/PNAD, novembro de 2018) e pelo aumento da informalidade e consequente precarização do trabalho. Temos assistido ao desmonte de direitos historicamente conquistados, sendo as maiores expressões desse desmonte a reforma trabalhista de 2017, os intentos de reduzir direitos à aposentadoria decente e outros benefícios previdenciários, o congelamento da política de valorização do salário mínimo e os ataques à organização sindical, as maiores expressões deste desmonte. Preocupa-nos sobremaneira o destino da pol

19 Exemplos de publicidade social que nos fazem pensar em problemas urgentes - POR: INCRÍVEL.CLUB

Criadores de propagandas de cunho social têm um grande desafio: as pessoas precisam não apenas notar a mensagem, mas também lembrar dela. Você deve admitir que, mesmo passados vários anos, não consegue tirar da cabeça algumas peças publicitárias desse tipo, que fizeram com que passasse a enxergar determinadas situações sob uma outra ótica. Se antes as propagandas sociais abordavam tmas como a poluição do meio ambiente com plástico e o aquecimento global, hoje existem campanhas sobre os perigos do sedentarismo, os riscos que o tabagismo representa aos animais em decorrência do aumento de incêndios florestais e até sobre a importância das férias para a saúde humana. São, portanto, peças que abordam problemas atuais e familiares para muita gente. Neste post, o  Incrível.club  mostra a você o que de melhor foi criado recentemente no campo das propagandas de cunho social. Fumar não é prejudicial apenas à sua saúde, mas também aos animais que vivem em áreas que sofrem com incênd

Empresas impõem regras para jornalistas

REDE SOCIAIS Por Natalia Mazotte em 24/5/2011 Reproduzido do Jornalismo nas Américas http://knightcenter.utexas.edu/pt-br/ , 19/5/2011, título original: "Site de notícias brasileiro adota regras para o uso das redes sociais por jornalistas"; intertítulo do OI Seguindo a tendência de veículos internacionais , o site de notícias UOL divulgou aos seus jornalistas normas para o uso de redes sociais , de acordo com o blog Liberdade Digital. As recomendações se assemelham às já adotadas por empresas de notícias como Bloomberg , Washington Post e Reuters : os jornalistas devem evitar manifestações partidárias e políticas, antecipar reportagens ainda não publicadas ou divulgar bastidores da redação e emitir juízos que comprometam a independência ou prejudiquem a imagem do site. Segundo um repórter do UOL, os jornalistas estão tuitando menos desde que as diretrizes foram divulgadas . "As pessoas estão tuitando bem menos. Alguns cogitam deletar seus p