A morte de qualquer pessoa, independentemente da sua posição na sociedade, causa uma comoção social.
A notícia em
torno da morte do “soldado que entrou por engano” na Favela da Maré no Rio, e
que, por este motivo levou um tiro na testa e veio a falecer, causa uma
profunda indignação e revolta.
Quando se
trata de um agente policial, a comoção soma-se ao constrangimento de saber que
nem mesmo pessoas, em tese, preparadas para combater à criminalidade estão livres
de serem vitimadas pela violência galopante.
No caso
específico deste agente da Força Nacional, surpreende os argumentos
apresentados por aquelas pessoas que deveriam ter em mente a erradicação total
do crime no Rio de Janeiro e nas demais cidades do país.
Argumentos
como: “o soldado entrou pelo caminho errado...!”, beiram o absurdo, onde
indiretamente se admite que existem lugares na Baixada Fluminense onde as
facções exercem total domínio, com a aquiescência governamental.
Não deveria
existir um único lugar dominado pelo crime no Brasil.
Não deveria
haver restrição de acesso a qualquer cidadão ou cidadã, seja civil ou militar.
É necessário um investimento significativo na Educação, na Cultura, na Inclusão Social, nos Fóruns de Participação Democrática, para que as ações do Estado convertam-se verdadeiramente em Políticas de Valorização das Pessoas, reduzindo drasticamente o poder de dissuasão do crime.
É necessário um investimento significativo na Educação, na Cultura, na Inclusão Social, nos Fóruns de Participação Democrática, para que as ações do Estado convertam-se verdadeiramente em Políticas de Valorização das Pessoas, reduzindo drasticamente o poder de dissuasão do crime.
Algumas das
autoridades, que estão tentando “justificar” a morte do policial, deveriam
zelar pela equidade do direito de ir e vir de todos os cidadãos, em qualquer via
pública, em qualquer comunidade, bairro, município ou cidade brasileira, ao invés de tentarem justificar o injustificável, beirando o absurdo de "culpabilizar" a vítima.
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