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OBSERVANDO A PAUTA - A VIOLÊNCIA E A AQUIESCÊNCIA GOVERNAMENTAL - POR: MARCOS BENEDITO



A morte de qualquer pessoa, independentemente da sua posição na sociedade, causa uma comoção social.

A notícia em torno da morte do “soldado que entrou por engano” na Favela da Maré no Rio, e que, por este motivo levou um tiro na testa e veio a falecer, causa uma profunda indignação e revolta.

Quando se trata de um agente policial, a comoção soma-se ao constrangimento de saber que nem mesmo pessoas, em tese, preparadas para combater à criminalidade estão livres de serem vitimadas pela violência galopante.

No caso específico deste agente da Força Nacional, surpreende os argumentos apresentados por aquelas pessoas que deveriam ter em mente a erradicação total do crime no Rio de Janeiro e nas demais cidades do país.

Argumentos como: “o soldado entrou pelo caminho errado...!”, beiram o absurdo, onde indiretamente se admite que existem lugares na Baixada Fluminense onde as facções exercem total domínio, com a aquiescência governamental.

Não deveria existir um único lugar dominado pelo crime no Brasil.

Não deveria haver restrição de acesso a qualquer cidadão ou cidadã, seja civil ou militar.

É necessário um investimento significativo na Educação, na Cultura, na Inclusão Social, nos Fóruns de Participação Democrática, para que as ações do Estado convertam-se verdadeiramente em Políticas de Valorização das Pessoas, reduzindo drasticamente o poder de dissuasão do crime.


Algumas das autoridades, que estão tentando “justificar” a morte do policial, deveriam zelar pela equidade do direito de ir e vir de todos os cidadãos, em qualquer via pública, em qualquer comunidade, bairro, município ou cidade brasileira, ao invés de tentarem justificar o injustificável, beirando o absurdo de "culpabilizar" a vítima. 

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