É pouco provável que a Organização do Tratado do Atlântico Norte abandone sua postura de contrariar a Rússia, o que tem determinado todas as decisões da Aliança nos últimos anos. Porém, o analista político Andrei Koshkin disse à Sputnik que o bloco está pensando em reajustar sua posição e melhorar as relações com Moscou.
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Tal mudança na política do bloco, se realmente acontecer, vai marcar uma contramarcha na intensificação das ações determinadas da Aliança na Europa central e oriental, assim como na região do Mar Báltico, que tem dominado a pauta depois da reunificação democrática da Crimeia com a Rússia e do desenrolar da crise ucraniana. Altos funcionários da OTAN, especialmente o ex-Comandante Supremo Aliado na Europa (SACEUR), general Philip M. Breedlove, insistiram que a Rússia passou a representar a maior ameaça tanto para a Aliança como para a ordem mundial global.
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De acordo com o analista, a reação da Rússia fez com que a OTAN deixe de considerar tal abordagem como viável e sustentável.
"O desejo [da OTAN] de retomar o diálogo prova que a resposta da Rússia ao fortalecimento militar do bloco é adequadamente equilibrada. Não temos outra opção, as nossas ações são justificadas. É o que me faz acreditar que a Aliança vai ajustar sua abordagem. O processo já teve início. [A Aliança] já está negociando uma eventual correção de rumo na postura referente a Rússia", explicou Koshkin.
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"Além disso, esta orquestra tem seu maestro, os Estados Unidos", adiciona o analista.
A OTAN está se preparando para a cúpula da Aliança na Polônia, que ocorrerá entre 8 e 9 deste julho. O bloco já tem revelado algumas medidas que serão formalmente aprovadas na semana que vem. Entre estas está o deslocamento de quatro batalhões internacionais para a Lituânia, Letônia, Estônia e Polônia em sistema rotativo sob alegação da ameaça não-existente por parte da Rússia.
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Mesmo que a mudança da abordagem da OTAN a Moscou esteja prestes a ocorrer, as autoridades russas não têm conhecimento disso.
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Ontem (30), o presidente Vladimir Putin chamou a expansão do bloco para oriente "de um grande erro", acrescentando que a Aliança poderia se ter focado, em vez disso, na criação de "uma nova arquitetura de segurança comum e integral da costa do Atlântico até ao Pacífico", com a Rússia exercendo papel de "parceiro de pleno direito".
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"Parece que hoje a OTAN está fazendo um show da sua postura antirrussa. Além de procurar por qualquer ação da Rússia, que pudesse justificar a legitimidade e necessidade da existência do bloco, a organização está dando passos no sentido de confrontação", disse o líder do país.
No dia anterior, o chanceler russo Sergei Lavrov chamou às relações entre Moscou e OTAN de "decepcionantes", reiterando ainda que o bloco fez com que as relações bilaterais tivessem sido congeladas.
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