A concentração atual de forças inimigas perto das fronteiras russas é inédita desde a invasão nazista em 1941, disse o cientista político norte-americano, especialista em estudos russos, professor Stephen Cohen, no show de John Batchelor, transmitido pela emissora americana WABC.
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“Tenho uma questão para Washington porque é Washington quem controla a OTAN. Será que não realizamos que nos estamos deslocando rumo a uma guerra real com a Rússia ou é um plano de provocar a Rússia para ações militares?”, pondera o professor.
Se os EUA, com efeito, não realizam que consequências graves as suas ações podem ter, devem “acordar”.
Se a resposta correta for a segunda – ou seja, se os EUA não estão contra uma guerra contra a Rússia, devem “estar loucos”, afirmou o professor norte-americano. Segundo ele, um conflito militar de tal envergadura necessariamente acabaria com o uso de armas nucleares por uma das partes.
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O professor norte-americano presta atenção ao fato de que o pretexto para reforçar as posições dos EUA e da OTAN na Europa foi inventado. Cohen citou a declaração do chefe do Pentágono, Ashton Carter, que falou sobre a agressão russa na Europa do Leste.
Cohen afirmou que não está claro o que Carter quer dizer com “agressão”. Não pode falar de vitórias russas sobre o grupo terrorista Daesh na Síria, sublinhou o professor.
“O que precisamente fez Putin? Dizer-nos que ele realize agressão de alguma forma ou a intensifique não é uma resposta que pode justificar a prontidão dos EUA de entrar na guerra contra a Rússia“, disse.
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Ao mesmo tempo, a aliança se queixa de que a Rússia “desloca as suas tropas cada vez mais perto da OTAN”.
“Claro que ela faz isso, porque a OTAN está próxima das fronteiras russas”, esclareceu Cohen.
Segundo o especialista, a Rússia tem o direito de instalar as suas forças onde quer que seja, inclusive na Crimeia ou em Kaliningrado.
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Além disso, segundo o especialista, a crise de 1962 teve somente um ponto de confrontação geopolítica. Agora são mais de um, inclusive os países Bálticos, a Ucrânia, a Turquia e a Síria.
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