Passamos por um momento político e econômico cheio de incertezas que direta ou indiretamente contribui para o agravamento da crise social no Brasil.
Por
este motivo, eu não poderia me furtar de dar a minha modesta contribuição para
uma breve reflexão.
A
história nos mostra que os grandes movimentos de resistência não se iniciaram
nas grandes massas, mas sim na iniciativa de grupos menores, constituídos por
pessoas visionárias, que diferentemente da grande maioria tiveram
uma visão diferenciada em relação ao momento histórico em curso.
Temos
vários exemplos ocorridos no Brasil e no mundo onde alguns homens e mulheres
se propuseram a enfrentar a mídia, os grandes conglomerados, a opinião pública, em suma, o turbilhão de pessoas afetadas em alguma circunstância por uma falta de visão política, uma quase cegueira.
Em
muitas destas situações o arrependimento não foi o suficiente para reverter o
grande prejuízo causado para toda a sociedade, restando uma grande mácula histórica, em alguns casos, um motivo de vergonha irreparável.
Ao
tentar resgatar na memória alguns dos principais fatos, lembro-me de imediato do
julgamento realizado há mais ou menos dois mil anos atrás, em Jerusalém.
O
filho de Deus, Jesus Cristo, condenado e dependurado numa cruz, sem pecado nem
culpa, acusado pelos Romanos de ser o “Rei dos Judeus”.
Quando
Pilatos propôs a soltura de Jesus trocando-o pelo ladrão e criminoso Barrabás, os judeus
escolheram Barrabás, condenando Jesus Cristo.
A consciência de alguns
líderes como Zumbi dos Palmares, garantiu a liberdade de milhares de outros negros em Palmares e em diversos outros quilombos espalhados pelo Brasil.
A
Inconfidência Mineira foi outro momento onde um alferes e dentista, juntamente
com meia dúzia de revoltosos, se rebelou contra o jugo opressivo.
Soma-se aos grandes feitos históricos à luta desenvolvida por alguns
abolicionistas, que culminou com a assinatura da Lei Áurea em 1888, pela Princesa Isabel.
Na
década de sessenta, tivemos toda a luta travada pela resistência contra o golpe
militar, onde alguns poucos militantes de esquerda resistiram numa luta armada contra as
forças militares que impunham a ditadura militar no país.
Na África do Sul, Mandela, Desmond Tutu, lutavam contra a maioria branca, derrotando o Apartheid.
Na África do Sul, Mandela, Desmond Tutu, lutavam contra a maioria branca, derrotando o Apartheid.
Nos
anos oitenta, por iniciativa de movimentos progressistas ocorreu o
movimento pelas “Diretas Já”.
A vanguarda sempre esteve à frente de seu tempo, defendendo princípios democráticos relevantes para o legado da nação.
Estamos às vésperas da votação do impeachment da Presidenta Dilma Roussef.
A vanguarda sempre esteve à frente de seu tempo, defendendo princípios democráticos relevantes para o legado da nação.
Estamos às vésperas da votação do impeachment da Presidenta Dilma Roussef.
Mais
uma vez nos deparamos com a vanguarda de um lado e as forças conservadoras do outro.
A
história se repete, no contexto onde uma minoria se sacrifica na defesa dos seus ideais.
Esta
resistência, independentemente do resultado da votação, será registrada nos
anais da história.
As
futuras gerações poderão avaliar quais foram os comportamentos adotados por
cada um dos atores envolvidos.
Independentemente da vitória ou da derrota, haverá um lugar de honra, reservado pelas futuras gerações, para aqueles e aquelas que se sacrificarem na defesa do legado ético e moral na história do Povo Brasileiro.
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