Desde meados da década de 50, as grandes emissoras de televisão investem na dramaturgia como
uma forma de entretenimento voltado para as famílias brasileiras.
As grandes redes de televisão investem muitos recursos financeiros no
desenvolvimento do roteiro, de cenário e de todos os recursos necessários para
fazer com que os seus espectadores dediquem longas horas no acompanhamento de
cada capitulo, durante meses seguidos.
Uma forma de fidelização da indústria novelística são os temas musicais
encomendados aos artistas especializados na arte da sedução dos
telespectadores, que trabalham no subconsciente coletivo, aprofundando a
relação de dependência e de submissão à programação televisiva.
Na maioria das estórias, a esperteza, a marginalidade, o enriquecimento fácil,
substituem princípios morais e éticos, desconsiderando inclusive os códigos de
condutas, as leis e todos os princípios que norteiam os direitos humanos.
Para manter um público fiel, a novela necessita que todos os dias haja
um clima de confusão e de disputa, favorecendo maus comportamentos que
justifiquem um ambiente de rivalidade pessoal, soberba, ganância, roubos e
traições entre os seus personagens. De acordo com os autores, são estes os
ingredientes que seduzem aos telespectadores diariamente.
Os grandes grupos econômicos, que controlam os meios de produção e de comunicação,
definem novos comportamentos através da linguagem romanceada, sem a utilização
de palanques ou de armas, defendendo com muita eficácia aos seus interesses classistas.
Mudam usos e costumes, criam modismos, exercem grande influência na
formação da opinião pública, moldam uma sociedade que melhor satisfaz aos seus
interesses corporativos, com a cumplicidade inconsciente de parcela
significativa da população.
A novela “A Regra do Jogo”, exemplifica muito bem esta reflexão, fazendo
explicitamente apologia ao crime organizado, massificando a prostituição, a
traição, o adultério e o consumo de drogas, como se fossem comportamentos comuns
nos lares da maioria das famílias brasileiras.
Realmente a cidade é luta de classe e seja la qual for o tamanho da cidade esta luta de classe estará posta, os coronéis jamais irão abandonar o espaço político que ocupam desde a invasão dos portugueses aqui no Brasil nos ano de 1500, muito pelo contrario a cada dia que se passam maiores serão estas disputas principalmente pelos grandes, médios e pequenos centros. Lá estão sempre aqueles que abocanham estes espaços como se de fato fossem uma propriedade privada de papel passado a estes e também a cada dia que se passa aumenta o numero de pessoas a busca de melhor condição de vida nestes espaços e nem será necessário muito se falar dos por quês é só imaginarmos que nestes espaços existe alguma coisa que propicia esta disputa.
ResponderExcluir