OBSERVATÓRIO - Há milhares de anos os habitantes desta ilha não deixam ninguém se aproximar - Tradução e Adaptação: Incrível.club
Os habitantes da Ilha Sentinela do Norte (em inglês North Sentinel Island), no Oceano Índico, estão isolados do resto do mundo há muito tempo. Eles atacam com flechas os que tentam se aproximar da ilha. Até onde sabemos, sua cultura é parecida com a da Idade da Pedra. Provavelmente, protegem seu território com medo de sua destruição.
No século XIX, barcos naufragaram perto da ilha e suas tripulações tentaram chegar até ela para não morrerem afogados nas ondas. Acontece que os moradores da ilha que, num primeiro momento, seria a salvação dos náufragos, não os quiseram ali. Em 1987, a polícia da Índia atracou na ilha durante a perseguição de um preso que havia fugido de uma prisão. Ele foi encontrado num bosque com a garganta cortada e cheio de feridas de flechas. A polícia saiu de lá o mais rápido possível.
A Ilha Sentinela do Norte não é muito grande, tem apenas 72 km² e é habitada por aproximadamente 400 pessoas. Em agosto de 1981, o navio Primrose encalhou em suas águas. Os nativos, como de costume, não ficaram muito felizes com a visita e receberam os visitantes com lanças e flechas. Por sorte, o barco estava longe da costa e ninguém acabou ferido. A tripulação foi salva em um helicóptero e o Primrose ficou ali, abandonado.
Algumas vezes, os pesquisadores tentaram entrar em contato com os nativos, levaram objetos, sorriram e tentaram mostrar que não eram uma ameaça, mas a reação foi sempre muito violenta.
Em 1991, um pesquisador indiano conseguiu chamar a atenção dos nativos com baldes vermelhos. Durante alguns anos eles recolheram baldes que eram abandonados na praia, mas nunca mostraram abertura para mais contato com outras pessoas. Com base nos seus gritos, os antropólogos deduziram que os nativos de Sentinela falam um idioma que não se parece ao grupo linguístico das Ilhas Andamã, que estão relativamente perto, também no Oceano Índico. Eles concluíram que eles estão isolados de outras civilizações desde a Pré-história.
Após alguns anos, os ataques pararam. Os nativos pararam de atirar flechas e lanças nos barcos até que, em 2006, aconteceu uma tragédia. Dois pescadores cujo barco chegou até a praia da ilha por causa do mal tempo, foram mortos.
Oficialmente, a ilha pertence à Índia, mas o governo declarou que não tem intenção de se aproximar dos nativos e a decisão foi deixá-los viver da forma deles. Além disso, eles estão protegidos e não está permitida a aproximação por parte dos turistas. Em primeiro lugar, porque é perigoso, em segundo, porque é muito provável que os nativos não sejam imunes a nossas doenças, o que poderia exterminá-los com uma simples gripe.
Ainda que não estejam interessados no mundo exterior, eles nos fazem imaginar muitas coisas. Como vivem? O que pensam do mundo e das pessoas que lá chegaram? Por incrível que pareça, os nativos têm um perfil no Facebook, mesmo sem ter ideia do que é isso. Suspeitamos que, se alguém conseguisse explicar, eles perguntariam: Facebook? Pra quê?
É como se o tempo tivesse parado em algum momento do passado, quando as pessoas pensavam que as árvores e as pedras eram habitadas por deuses. Como deve ser viver sem nunca ter sabido que o homem inventou a bomba atômica ou a Internet? Jamais saberemos...
Material de: Rus.livejournal
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