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OBSERVATÓRIO - Assange diz ter medo de ser assassinado se sair da embaixada do Equador - FONTE: UOL


Londres, 29 ago (EFE).- O fundador do portal Wikileaks, Julian Assange, admitiu que teme ser assassinado se sair da embaixada do Equador em Londres, onde buscou refúgio em 2012 para impedir sua extradição à Suécia por supostos delitos sexuais.

Em declarações ao jornal britânico "The Times" publicadas neste sábado, o jornalista e ex-hacker disse que não pôde respirar ar fresco nem ver a luz do sol durante estes três anos porque é perigoso sair da legação diplomática.

"Ficar na sacada (da embaixada) cria problemas de segurança. Houve ameaças de bombas e de assassinato de várias pessoas", declarou Assange, que não pode sair da sede diplomática porque seria imediatamente detido para ser extraditado.

O jornalista teme que, se for extraditado à Suécia, seja depois entregue aos Estados Unidos por ter revelado em seu portal milhares de telegramas diplomáticos sensíveis das autoridades desse país.

Apesar de tudo, o jornalista acredita que sua situação será resolvida nos próximos dois anos.

A procuradoria sueca arquivou uma parte das acusações que pesavam sobre Assange, por terem prescrito os delitos de assédio sexual que supostamente cometeu em 2010.

Concretamente, a procuradoria sueca encerrou as acusações menores contra Assange, por abuso sexual e coerção ilegal, enquanto a mais grave, por estupro, seguirá vigente até 17 de agosto de 2020.

A Suécia não apresentou acusações formais contra Assange por esses crimes, pois está obrigada por lei a interrogar o suspeito antes.

A polícia britânica revelou no último mês de junho que a vigilância da embaixada do Equador custou desde 2012 aos cofres públicos do Reino Unido 15,42 milhões de euros.

Assange se refugiou na embaixada do Equador em junho de 2012 após um longo processo judicial nos tribunais britânicos, que autorizaram a entrega do jornalista à Suécia. 

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