Pular para o conteúdo principal

OBSERVATÓRIO - Grupos anti-Dilma se unem para novo ato, mas racham na pauta - Estadão - São Paulo25/03/2015


  • Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Pedido de impeachment de Dilma é um dos pontos que gera divergência entre os grupos
    Pedido de impeachment de Dilma é um dos pontos que gera divergência entre os grupos
Os principais grupos que organizaram os protestos de rua contra o governo da presidente Dilma Rousseff em 15 de março estarão juntos novamente no dia 12 de abril, quando está marcada uma nova manifestação em São Paulo e em diversas cidades brasileiras.
Mas, apesar de coabitarem novamente o mesmo espaço e concordarem em diversos pontos, o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua continuarão divergindo sobre o objetivo final: o pedido de impeachment da petista.
O protesto de abril foi anunciado pelo Movimento Brasil Livre ainda de cima do carro de som, na avenida Paulista, no dia 15, com objetivo claro de pedir novamente o impeachment.
No dia seguinte, o Revoltados On Line, grupo atuante na internet que também levou carro de som no protesto para pedir o impeachment, confirmou presença no dia 12. A adesão do Vem Pra Rua aconteceu no domingo passado.
O grupo liderado pelo engenheiro Rogério Chequer, 46, entretanto, é um contraponto aos demais e se posiciona contra o impedimento da presidente. Para o dia 12, o VPR já iniciou o trabalho de convocação de seguidores para um manifesto que terá como tema "Eles não entenderam nada".
A ideia, segundo Chequer, é criticar a reação do governo ao protesto do dia 15, considerada por ele dissociada das reivindicações das ruas. "O governo não trouxe nada de novo depois das maiores manifestações de rua da história do Brasil. É muito fácil dizer que respeita as manifestações, mas ignorar a demanda delas só aumenta o desrespeito", disse, ressaltando que o grupo não mudou, mas aprofundou o foco.
Para abril, o Vem Pra Rua definiu três bandeiras principais: a redução do número dos ministérios, transparência nos dados sobre os empréstimos do BNDES e o impedimento do ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli para julgar os casos relacionados à Operação Lava Jato.

'Acessórios'

O líder do MBL, o também empresário Renan Santos, 30, disse considerar importantes pautas como as reivindicadas pelo VPR, mas lembra que o manifesto do dia 12 foi convocado para fazer um novo pedido de impeachment.
"Todas essas pautas são aderentes à do impeachment. Ninguém está saindo para a rua para pedir a redução dos ministérios." Segundo ele, os grupos estão "juntos nos acessórios, mas não no principal". Mas, a exemplo do VPR, faz ressalva à presença das organizações que pedem a intervenção militar.
Ainda assim, o SOS Forças Armadas, um dos três grupos que pedem a intervenção de militares, já confirmou presença no dia 12, com carro de som. "Estamos do mesmo lado, querendo a saída da Dilma, mas nós avançamos um pouco mais e queremos uma faxina no Executivo, Legislativo e Judiciário", disse o inventor e escultor Ricardo Rocchi, de 45 anos, um dos líderes do grupo.
O jornal "O Estado de S. Paulo" tentou contato com os grupos Intervenção Já e Quero Me Defender, mas não obteve resposta. Até ontem nenhum dos dois havia confirmado presença no dia 12 de abril em suas páginas no Facebook. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Carta das Centrais Sindicais ao Presidente Bolsonaro

“EXMO. SR. JAIR MESSIAS BOLSONARO MD. PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA – DF Senhor Presidente, As Centrais Sindicais que firmam a presente vem, respeitosamente, apresentar-se à Vossa Excelência com a disposição de construir um diálogo em benefício dos trabalhadores e do povo brasileiro. Neste diálogo representamos os trabalhadores, penalizados pelo desemprego que atinge cerca de 12,4 milhões de pessoas, 11,7% da população economicamente ativa (IBGE/PNAD, novembro de 2018) e pelo aumento da informalidade e consequente precarização do trabalho. Temos assistido ao desmonte de direitos historicamente conquistados, sendo as maiores expressões desse desmonte a reforma trabalhista de 2017, os intentos de reduzir direitos à aposentadoria decente e outros benefícios previdenciários, o congelamento da política de valorização do salário mínimo e os ataques à organização sindical, as maiores expressões deste desmonte. Preocupa-nos sobremaneira o destino da pol

19 Exemplos de publicidade social que nos fazem pensar em problemas urgentes - POR: INCRÍVEL.CLUB

Criadores de propagandas de cunho social têm um grande desafio: as pessoas precisam não apenas notar a mensagem, mas também lembrar dela. Você deve admitir que, mesmo passados vários anos, não consegue tirar da cabeça algumas peças publicitárias desse tipo, que fizeram com que passasse a enxergar determinadas situações sob uma outra ótica. Se antes as propagandas sociais abordavam tmas como a poluição do meio ambiente com plástico e o aquecimento global, hoje existem campanhas sobre os perigos do sedentarismo, os riscos que o tabagismo representa aos animais em decorrência do aumento de incêndios florestais e até sobre a importância das férias para a saúde humana. São, portanto, peças que abordam problemas atuais e familiares para muita gente. Neste post, o  Incrível.club  mostra a você o que de melhor foi criado recentemente no campo das propagandas de cunho social. Fumar não é prejudicial apenas à sua saúde, mas também aos animais que vivem em áreas que sofrem com incênd

Empresas impõem regras para jornalistas

REDE SOCIAIS Por Natalia Mazotte em 24/5/2011 Reproduzido do Jornalismo nas Américas http://knightcenter.utexas.edu/pt-br/ , 19/5/2011, título original: "Site de notícias brasileiro adota regras para o uso das redes sociais por jornalistas"; intertítulo do OI Seguindo a tendência de veículos internacionais , o site de notícias UOL divulgou aos seus jornalistas normas para o uso de redes sociais , de acordo com o blog Liberdade Digital. As recomendações se assemelham às já adotadas por empresas de notícias como Bloomberg , Washington Post e Reuters : os jornalistas devem evitar manifestações partidárias e políticas, antecipar reportagens ainda não publicadas ou divulgar bastidores da redação e emitir juízos que comprometam a independência ou prejudiquem a imagem do site. Segundo um repórter do UOL, os jornalistas estão tuitando menos desde que as diretrizes foram divulgadas . "As pessoas estão tuitando bem menos. Alguns cogitam deletar seus p