‘Tenho certeza absoluta de que não houve prática de crime eleitoral’, diz presidente dos Correios
Sobre reclamações do PSDB, empresa afirma não houve extravio na propaganda do partido
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BRASÍLIA - O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, disse nesta quinta-feira que, aparentemente, o carteiro filmado no vídeo que se transformou em viral na internet, entregando panfleto para a campanha de Dilma Rousseff (PT), não cometeu nenhuma ilegalidade. Segundo ele, o funcionário, que está sendo identificado, estava apenas cumprindo o seu papel de entregar o material de mala direta, serviço que a estatal presta para distribuir propaganda comercial e partidária.
- Pelo vídeo, me parece que ele está cumprindo o papel dele na entrega de mala direta. O carteiro, pelo que vi, cumpre o papel dele. Pelo que vi no vídeo, não há ilegalidade. Tenho certeza absoluta de que não houve prática de crime eleitoral pelos Correios - disse Pinheiro.
Ele explicou que há dois tipos de mala direta: a endereçada e a não endereçada. Nesse último caso o carteiro entrega o material em todas as residências ou estabelecimentos comerciais por onde passa durante a entrega regular de correspondências.
O presidente dos Correios aproveitou para negar que tenha extraviado material de campanha contratado pelo PSDB em Minas Gerais, celeiro político do rival da Dilma Rousseff, Aécio Neves. O partido pretende entrar com uma Ação de Investigação Jurídica Eleitoral contra a presidente Dilma, o PT e o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo Pinheiro, os Correios receberam reclamações sobre a não entrega de parte do material contratado, mas o que houve foi a recusa de alguns porteiros de condomínio de receberem as propagandas, além do fato de comércios não terem recebido. Sobre esse caso, ele alega que o contrato com os tucanos previa apenas a entrega nas residências:
- Eu não tenho notícias de extravio. Foi enviado para nós uma relação de locais que não era residencial, era comercial e eles (carteiros) passaram direto. Nosso pessoal falou para o cliente e enviamos novamente - afirmou.
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Pinheiro disse que resolveu prestar os esclarecimentos porque a imagem dos Correios estava sendo atacada pela campanha de Aécio:
- Respondi em defesa da instituição pública. Porque a candidatura está atacando a imagem da instituição e tentar manchar a imagem e credibilidade que os Correios têm. Tenho obrigação de fazer essa defesa.
O presidente disse que os Correios avaliam se vão tomar medidas judiciais contra danos causados à imagem da empresa.
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