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OBSERVATÓRIO - NÃO PODEMOS NEGLIGENCIAR A CAPACIDADE DAS REDES SOCIAIS - MARCOS BENEDITO



Estamos num momento crucial em relação ao processo eleitoral que vivemos.

De acordo com muitos especialistas, estas eleições, apresentam especificidades nunca antes ocorridas em eleições passadas.

Por este motivo é uma eleição com resultados imprevisíveis.

Faltando seis dias para o pleito, não podemos nem mesmo afirmar se teremos o segundo turno, considerando-se as oscilações constatadas pelos institutos de pesquisa.

É inegável o papel fundamental desempenhado pelas redes sociais nesta reta final do processo.

Lembro-me que na década de 90, quando ainda não tínhamos estes instrumentos, o grande esforço que era feito por algumas entidades para sensibilizar as pessoas da necessidade que existia de nos relacionarmos em rede.

Naquela época, antes de termos acesso até mesmo ao ORKUT, que no dia de hoje está sendo desativado, algumas pessoas tinham sacado que a constituição das redes, fortalecia a nossa ação, facilitava a comunicação e o poder de convocação, contribuía essencialmente para a atuação conjunta e imediata.

Superamos o debate das teses, a comunicação em rede foi viabilizada.

Hoje temos muitas opções.

Podemos escolher o tipo de instrumental que queremos usar, no entanto, ainda não despertamos para o poder que representa esta ferramenta.

Corremos o risco de subutilizar esta capacidade, desgastá-la, torná-la enfadonha e desnecessária.

Julgo ser necessária alguma ação de sensibilização do uso adequado desta poderosa ferramenta de comunicação, adequando-a as nossas necessidades, utilizando-as para
o desenvolvimento de ações transformadoras.

Sabemos que o monopólio dos grandes veículos de comunicação estão nas mãos de uma minoria abastada e reacionária, que atua no sentido de manter os seus privilégios.

É uma minoria que se torna barulhenta pela capacidade que têm de utilizar a mídia na manutenção do atual estado das coisas.

Representamos uma maioria, porém não temos os mesmos recursos que eles têm. 

No entanto, podemos usar as ferramentas que dispomos para no mínimo tentar empatar este jogo desleal que é feito pela mídia no Brasil. 


Utilizando as redes sociais para uma função de transformação social, que nos permita pelo menos sonhar que no futuro tenhamos forças para exigir uma drástica mudança na política de concessão de uso das emissoras de rádio e de canais de televisão no Brasil.


Me parece que o atual modelo de concessão em vigor no pais, permite que há cada 10 anos se reavalie o contrato. 


Não é aceitável que continuemos renovando esta concessão automaticamente, sem realizarmos um amplo debate com toda a sociedade.

Esperemos que a releição da presidenta Dilma, contribua para que haja um despertar do Planalto e que caminhemos firmemente em direção a democratização dos meios de comunicação, mudando drasticamente este quadro que favorece totalmente aos mantenedores dos interesses corporativos e reacionários da recalcada elite brasileira.

Enquanto isso não acontece, utilizemos a capacidade das redes sociais para pautar este debate na sociedade. 

  






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