Didi, como era conhecido, foi dirigente sindical bancário e também um dos mentores da CSP Conlutas, central sindical
por Redação da RBA publicado 16/09/2014 12:14, última modificação 16/09/2014 14:09
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SERGIO KOEI/FACEBOOK
São Paulo – Morreu em São Paulo, na manhã de hoje (16), o ex-dirigente sindical bancário Dirceu Travesso, o Didi, por complicações decorrentes de um câncer que enfrentava há cinco anos. Membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, central sindical da qual foi um dos fundadores, ele estava internado há mais de um mês.
Militante da causa bancária e da classe trabalhadora, foi dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo nas décadas de 1980 e final de 1990. Participou da direção executiva da CUT. Foi um dos fundadores do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), do qual fez parte da direção nacional. Foi candidato a governador de São Paulo pela sigla em 2002, a prefeito da capital em 2004 e a senador em 2010.
Ultimamente, era um dos encarregados pelo trabalho internacional da central, sendo um dos articuladores da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas.
Dirceu foi bancário da Nossa Caixa desde 1984, e chegou a ser demitido pelo governo de José Serra em maio de 2008. O sindicato ingressou com ação judicial que o reintegrou e restituiu seu mandato de dirigente sindical em setembro de 2009. Ele ocupava a função de caixa no Banco do Brasil, que adquiriu o banco estadual paulista em 2008, evitando que fosse privatizado.
"Um camarada que dedicou toda sua vida à causa dos trabalhadores, à luta pela revolução socialista no Brasil e em todo mundo. Um camarada de luta de todos os dias, que já está fazendo falta e de quem sentiremos saudades imensas", disse o PSTU, em nota.
"Ele manteve a disposição para a luta até seus últimos dias e participou de todas as atividades que pôde. Tratava-se de um companheiro e de uma presença imprescindíveis, firme no propósito da revolução socialista da classe trabalhadora", resumiu José Eduardo Figueiredo, o Zeca, do PSTU.
Companheiro de partido, o militante Juary Chagas escreveu em sua página no Facebook: "Uma coisa que ele sempre dizia e que levou isso até o fim, na prática: é melhor cair lutando do que viver de joelhos. Didi lutou a vida toda. Pela sua categoria, pela sua classe, pela revolução socialista. Lutou até o último dia contra uma doença terrível. Sabia que os dias que lhe restavam não eram muitos, mas dedicou todos eles ao socialismo. Mais do que podia. Mas do que faria se estivesse sadio".
“A classe trabalhadora e a esquerda brasileira perdem um grande militante. Agradecemos ao grande companheiro por sua dedicação de uma vida toda”, afirma a presidenta do Sindicato do Bancários, Juvandia Moreira.
O corpo será velado na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, no centro da capital paulista, onde se realizará um ato político em sua homenagem, marcado para as 20h, segundo informou a direção do PSTU.
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