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OBSERVATÓRIO - 408 CRIANÇAS MORTAS EM GAZA - REVISTA ÉPOCA


Ofensiva israelense matou 408 crianças em Gaza, diz Unicef

Segundo o órgão da ONU, 2,5 mil menores ficaram feridos nos confrontos que atingem a região há quase um mês. "O futuro das crianças em Gaza é desalentador", diz chefe da Unicef

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA EFE
05/08/2014 09h54 - Atualizado em 05/08/2014 15h15
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Menina ferida no bombardeio contra uma escola da ONU no norte da Faixa de Gaza é tratado no hospital de Beit Lahiya  (Foto: AP Photo/Khalil Hamra)
Os bombardeios do Exército de Israel contra a Faixa de Gaza deixaram 408* crianças mortas e 2,5 mil feridas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (5) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês). "A ofensiva teve um impacto catastrófico e trágico nas crianças palestinas. Se levarmos em conta o que estes números representam para a população de Gaza, é (proporcionalmente) como se tivessem morrido 200 mil crianças nos Estados Unidos", afirma Pernille Ironside, chefe da Unicef em Gaza. "O futuro das crianças em Gaza é desalentador".
Segundo estimativas do órgão, além das crianças mortas, cerca de 370 mil  preciam urgentemente de ajuda psicológica. "A destruição é total. Essas crianças presenciaram cenas horríveis, viram morrer seus amigos e seus pais", diz Pernille. "Levemos em conta que uma criança que tem sete anos já passou por três ofensivas militares , a de 2008-2009, a de 2012 e a de agora. Imaginem o impacto que isso pode ter tanto nas crianças menores como nas quais já entendem o que isso significa."
Segundo Pernille Ironside, as crianças que vivem na região também carecem de cuidados básicos. A grande maioria está sem luz, água potável e saneamento básico, o que torna propensa a transmissão de doenças, como a diarreia - que pode ser fatal se não for tratada adequadamente.
Em quase um mês de ofensiva militar contra a Faixa de Gaza, os bombardeios israelenses atingiram 142 escolas - inclusive colégios mantidos pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), que servem de abrigos para famílias refugiadas. "Se os civis não podem se refugiar em escolas da ONU, onde podem estar a salvo? Abandonam suas casas para se salvar, e são atacados onde se refugiaram. Esta é uma situação grotesca", afirmou a Alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, também nesta terça (5). Ela ressaltou que Israel deve assumir responsabilidades pelas "crescentes evidências de crimes de guerra" cometidos pelo exército israelense em Gaza. "O que estamos vendo é o assassinato de famílias inteiras, de crianças que brincam nas ruas ou que estão tentando buscar refúgio", disse.
*ATUALIZAÇÃO: Anteriormente, o número divulgado de crianças mortas era de 392. A nota foi atualizada às 15h12.
À espera de ajuda, criança palestina chora no saguão lotado do hospital (Foto: AP Photo/Lefteris Pitarakis)
O corpo da menina Assel Mohammed al-Barki, de 8 anos, morta após sua casa ser bombardeada nesta segunda-feira (4) na Cidade de Gaza (Foto: AP Photo/Hatem Moussa)
Menino palestino ferido no bombardeio contra uma escola da ONU no norte da Faixa de Gaza chora ao ser socorrido (Foto: AP Photo/Khalil Hamra)
Crianças feridas em ataques perpetrados pelo Exército de Israel são atendidas num centro médico da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza (Foto: AP Photo/Eyad Baba)
Palestino carrega uma das vítimas do ataque israelense a uma escola da ONU na cidade de Rafah na Faixa de Gaza. Foi o terceiro ataque a uma escola da ONU em 10 dias (Foto: EFE/EPA/STRINGER)
NT

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