OBSERVATÓRIO - Analista do Santander não entende nada de Brasil e de governo Dilma, diz Lula - por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 29/07/2014
Ex-presidente pede demissão de quem escreveu relatório. Ao lembrar de uma cena da Copa, afirma que mercado financeiro não morde, mas "engole" o adversário
por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 29/07/2014 09:41
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RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA
Auditório segue discurso de Lula em plenária da CUT, realizada em Guarulhos: críticas à 'terrorismo' da mídia
Guarulhos (SP) – A recente polêmica envolvendo uma correspondência do Santander Brasil a clientes de alta renda fez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticar a instituição e os responsáveis pela carta, pedindo a demissão da pessoa responsável. “Essa moça que falou (isso) não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma. Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim”, afirmou Lula na abertura da plenária da CUT. “Este país não vai jogar fora a confiança que conquistou”, acrescentou. Na mensagem a correntistas, uma possível reeleição de Dilma Rousseff era associada à piora do quadro econômico.
Lula citou um dos lances mais comentados da Copa do Mundo, a mordida do uruguaio Luis Suárez em um jogador italiano, Chiellini, para dar ideia da voracidade dos mercados, inclusive com objetivos eleitorais. “No mercado financeiro, o cara não dá mordida no adversário, engole.”
O ex-presidente lembrou de um encontro, em 2002, com o presidente mundial do Santander, Emilio Botín. “Ele estava recém ingresso no país quando foi visitar o meu comitê. E fez um discurso dizendo que o mercado não tinha preocupação, que ia continuar investindo no Brasil, porque sabia da responsabilidade do nosso governo”, disse Lula. “Não tem nenhum lugar do mundo que o Santander esteja ganhando mais dinheiro do que aqui.”
Ele também assinalou as críticas da mídia à organização da Copa – segundo Lula, apenas a seleção recebia elogios. “Foi a única coisa que não deu certo. Toda a desgraça que eles previram não aconteceu. Agora estão dizendo que deu certo porque foi o povo. Se desse errado, era o governo, era Dilma. Mas isso não é novidade. O que é grave é alguém nosso ter dúvida.”
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