ONU: mais de mil assassinatos por dia no mundo
Segundo relatório baseado em números de 2012, 11% das 437 mil mortes por homicídios intencionais daquele ano aconteceram no Brasil
REDAÇÃO ÉPOCA
12/04/2014 08h00 - Atualizado em 12/04/2014 19h05
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Cerca de 50 pessoas foram assassinadas a cada hora do ano de 2012. É o que aponta o novo estudo lançado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. O relatório Estudo Global sobre Homicídios 2013, lançado nesta quinta-feira (10), mostra que no ano foram 437 mil homicídios intencionais em todo o mundo. No Brasil, foram 50.108 homicídios, 11% do total mundial.
Cerca que 750 milhões de pessoas vivem em países com as maiores taxas de homicídio do mundo – nos continentes americano e africano. O que significa que quase metade de todos os homicídios ocorre em países que são lar de apenas 11% da população da Terra.
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A taxa média de homicídios global é de 6,2 por 100 mil habitantes. No Brasil, porém, a taxa está estável em 25,1 homicídios dolosos por 100 mil habitantes. Porém, a ONU alerta que o resultado pode ocultar as disparidades regionais do país.
As taxas de homicídio diminuíram no Rio de Janeiro e São Paulo, mas cresceram no Nordeste. Enquanto os Estados do sudeste tiveram diminuição de 29% e 11% respectivamente, a Paraíba teve crescimento de 150% e a Bahia um aumento de mais da metade, entre 2007 e 2011. No Nordeste, apenas Pernambuco viu as taxas de homicídio diminuir (38%).
UPPs
As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ganharam destaque no relatório internacional. Segundo a ONU, a queda na taxa de homicídio no Rio de Janeiro pode ser notada desde as primeiras instalações, em 2009.
Outro dado relevante é o aumento de casos de abusos sexuais nas mesmas áreas. Acredita-se que o número pode ter aumentado por maior número de denuncias graças a uma proximidade maior com a polícia.
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UPPs
As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ganharam destaque no relatório internacional. Segundo a ONU, a queda na taxa de homicídio no Rio de Janeiro pode ser notada desde as primeiras instalações, em 2009.
Outro dado relevante é o aumento de casos de abusos sexuais nas mesmas áreas. Acredita-se que o número pode ter aumentado por maior número de denuncias graças a uma proximidade maior com a polícia.
Continente
As regiões mais violentas do mundo foram a América Central e o sul da África. Nos continentes, a taxa de assassinatos ultrapassa em muito a mundial. A proporção é de 26 e 30 por cada 100 mil habitantes, respectivamente. Honduras traz o índice para cima com uma taxa da assassinatos de 90,4 a cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, o Brasil é o terceiro, atrás de Venezuela (53,7/100 mil) e Colômbia (30,8/100 mil). O país de regime bolivarista é o único do continente que manteve um crescimento constante nas taxas de homicídio desde 1995.
As regiões mais violentas do mundo foram a América Central e o sul da África. Nos continentes, a taxa de assassinatos ultrapassa em muito a mundial. A proporção é de 26 e 30 por cada 100 mil habitantes, respectivamente. Honduras traz o índice para cima com uma taxa da assassinatos de 90,4 a cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, o Brasil é o terceiro, atrás de Venezuela (53,7/100 mil) e Colômbia (30,8/100 mil). O país de regime bolivarista é o único do continente que manteve um crescimento constante nas taxas de homicídio desde 1995.
Homens matam mais
Mundialmente, cerca de 80% das vítimas de homicídio e 95% dos autores de homicídios são do sexo masculino. As maiores vítimas são jovens com idades entre 15 e 29 anos, principalmente na América do Sul e Central. Nessas regiões, a taxa é quatro vezes maior que a média global para essa faixa etária, mais de uma em cada sete vítimas de homicídio no mundo.
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Enquanto são mortos, em geral, por desconhecidos, quase metade das vítimas do sexo feminino são mortas por pessoas próximas. Na Ásia, Europa e Oceania, a maioria das mulheres vítimas de homicídio é morta pelas mãos de seus parceiros ou familiares (na Ásia e na Europa, 55%, e na Oceania, 73%).
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