Há 12 dias publicamos aqui que Adilson Antonio Primo, ex-presidente da Siemens, é o homem-bomba deste caso de cartelização e corrupção envolvendo as encomendas dos metrôs de São Paulo e de Brasília e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
O Tijolaço reafirma que ele é o personagem chave deste caso.
As informações que os jornais veiculam hoje, de que ele não sabia de nada, são totalmente inverossímeis.
Primo presidiu a Siemens brasileira de 2001 a 2011, período da maioria dos contratos e aditamentos com o governo paulista.
Manteve, com sócios, uma conta em Luxemburgo com depósitos de sete milhões de euros, como, segundo o Estadão, está admitido no processo 00013704220125020089, da 89a. Vara do Trabalho de São Paulo, que moveu e venceu, parcialmente, em maio deste ano.
Era candidato a presidência mundial da empresa.
Aqui no Brasil, membro do Conselho da Embraer e da Natura.
Não é crível que nada do que a empresa fez passasse fora de sua ciência e aprovação.
Primo não é um tolo. Logo montou outra empresa, a ABR Participações SA, com capital de R$ 14 milhões, na qual colocou parte de seu patrimônio, e que tem atividades desconhecidas.
Com a pouca apuração que os jornais já fizeram, ficamos sabendo que tem relações de mais de 40 anos com José Roberto Arruda, seu colega de faculdade e contratante, como Governador do DF, de um dos contratos superfaturados.
É óbvio que a ida da Siemens ao Cade tem relação com sua demissão. Ninguém, muito menos uma empresa, vai se incriminar se não estiver sob ameaça de coisas piores do que terá com o acordo de leniência que negociou por lá.
Adilson Primo é a chave do mistério.
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