O
gigante acordou. O povo resolveu tomar as ruas, sem partidos políticos, sem
sindicatos, nem ONGs, sem o envolvimento das centrais sindicais. Foram
milhões de pessoas em várias manifestações pelo Brasil afora, motivadas
inicialmente pelo mote da redução da tarifa dos ônibus em 0,20 centavos.
A
primeira reação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin foi de total
surpresa, sentimento compartilhado até mesmo pelo prefeito Haddad do Partido
dos Trabalhadores.
A
imprensa demonstrava não estar entendendo a lógica dos acontecimentos.
Os
analistas políticos e econômicos esforçam-se atabalhoadamente para entender os
fatos.
As
autoridades cedem na redução do reajuste, as manifestações não param, a
violência policial acirra ainda mais os ânimos.
Após
o impacto negativo na imprensa, a violência policial diminui.
O centro financeiro do país, a Avenida Paulista, vira palco permanente para a multidão.
O centro financeiro do país, a Avenida Paulista, vira palco permanente para a multidão.
O
mesmo acontece no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Salvador e outras capitais.
Ocorrem
várias manifestações em Brasília, inclusive com a tentativa de invasão no
Palácio dos Bandeirantes.
O
Governo Federal cede, propondo a realização de um plebiscito nacional.
O
diálogo entre a presidenta Dilma e as lideranças da sociedade civil é
intensificado.
A
redução das tarifas é concretizada em praticamente todo território nacional.
Na
imprensa internacional, o destaque é que o brasileiro acordou.
O UFC e os Últimos Acontecimentos
na Política Brasileira
Ultimate Figther Combat, o UFC é uma modalidade
esportiva introduzida recentemente nos lares brasileiros.
Desde
a década de 80, os lutadores brasileiros se destacam nos campeonatos de Vale-Tudo
realizados pelo mundo e, principalmente no Japão.
A
família Gracie, nos primórdios eram os monopolizadores de todos os campeonatos
realizados nos diversos países.
Com
o passar dos anos foram surgindo diversos campeões como Victor Belfort, os
irmãos Minotauro e Minotouro, Cigano entre outros.
Anderson Silva é considerado um fenômeno do UFC, comparado muitas vezes ao maior lutador de boxe de todos os tempos Muhammadi Ali, o Classius Clay.
Anderson Silva é considerado um fenômeno do UFC, comparado muitas vezes ao maior lutador de boxe de todos os tempos Muhammadi Ali, o Classius Clay.
Na
noite do dia 06 de Julho, ainda sob o calor das manifestações de rua
acontecidas na semana anterior, o Brasil vive a expectativa de mais uma luta do
campeão.
Desta
vez, o adversário é um lutador tido como “páreo fácil” para o fenômeno
brasileiro.
Chris
Weldman, americano, não teria nenhuma chance contra Anderson, “The Spider”.
No
segundo assalto, depois de ter se recuperado de uma queda no primeiro, Anderson
Silva, desconsiderando os riscos, decide continuar brincando com o adversário,
com fintas desconcertantes, humilhando e desrespeitando Weldman,
Quando
ninguém esperava, o lutador americano desfecha um golpe fulminante, no até
então, imbatível lutador brasileiro, que cai derrotado.
A LIÇÃO DO UFC
A
presidenta Dilma, sucessora do exitoso Governo Lula, não pode menosprezar a
força das ruas.
Assim
como Anderson Silva no UFC, o Brasil acumula diversas vitórias no campo social,
financeiro e político.
São
10 anos de um sucesso absoluto nas ações afirmativas, na recuperação da
economia brasileira, na derrota da inflação e no pagamento da dívida externa.
Milhões
de brasileiros saíram da linha da miséria.
A
derrota no UFC de um dos maiores ídolos do esporte brasileiro deve servir como
um aprendizado.
A
voz rouca das ruas, em parte manipulada pela mídia e pelos setores reacionários
da sociedade brasileira, deve ser ouvida, mesmo que em muitos casos, estejam contaminadas
com o uivo insistente dos recalcados, que ainda não aceitaram o fato de já
terem o seu projeto recusado democraticamente nas urnas, pela grande maioria do
povo brasileiro.
Um
campeão deve ter a grandeza de respeitar os seus adversários.
Um governo democrático e participativo não pode ignorar as demandas apresentadas por parcela significativa da população que saíram as ruas, considerando no entanto, que milhões de brasileiros aprovam as manifestações populares, mais discordam totalmente da violência gratuita da policia e também dos oportunistas infiltrados, que seguramente, jamais conseguiriam reunir quantidade semelhante de pessoas, para extravasarem o seu recalque.
Comentários
Postar um comentário