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A voz da Veja e do Cachoeira: - Paulo Henrique Amorim

 

Jornalista bandido bandido é

O Domingo Espetacular já tinha melado o mensalão.

O programa Domingo Espetacular deste domingo 6 de maio melou mais ainda: levou ao ar reportagem de Afonso Monaco e Leandro Sant’anna com os áudios de conversas que jogam luz sobre a relação entre o detrito sólido de maré baixa, seu dono, Robert(o) Murdoch, e o crime organizado.

A reportagem deu 15 pontos de audiência.

(
Clique aqui para ver a reportagem no R7.)

(Veja a repercussão da
reportagem no Blog da Cidadania, do Edu Guimarães:

#VejaVaiPraCPI foi a hashtag que criei e postei no Twitter por volta das 19 horas do domingão para anunciar reportagem do programa da Record Domingo Espetacular, que, sob a batuta do jornalista Paulo Henrique Amorim, apresentou, pela primeira vez na televisão aberta, tudo o que há nas escutas da Operação Monte Carlo que envolve a revista Veja com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A hashtag, em questão de minutos, espalhou-se pelo Twitter e chegou aos Trending Topics Brasil, onde permaneceu por duas horas. )


(Não deixe de ler o que Mauricio Dias diz da defesa que Merval Pereira fez do detrito sólido de maré baixa.)

A certa altura, a voz de Claudio Abreu – daquela empresa, a Delta,
que operou com o Padim Pade Cerra e Paulo Preto às margens dos rios fétidos de São Paulo – aparece num diálogo sobre a alegria do “repórter” da Veja, Policarpo, chefe da Veja em Brasília, ao receber um detrito originário de Cachoeira para publicar no detrito sólido.

Claudio a Cachoeira:

“Cara, show de bola. Achei que ele ia me dar um beijo”.

Cachoeira forneceu cinco capas à Veja, sempre através do chefe da revista em Brasília.

Apesar da merval argumentação, os áudios do Domingo Espetacular comprovam que a Veja era instrumento e beneficiária dos negócios de Cachoeira e da Delta, essa empresa que operou com o Cerra e o Paulo Preto.

Cachoeira diz com todas as letras que plantava as reportagens – ou seja, mandava publicar – na revista de Robert(o) Civita.

Cachoeira dizia quando a plantação ia ser publicada no detrito sólido e ainda escolhia o lugar.

Há 200 gravações de telefonemas entre o Policarpo e sua “fonte”, o Cachoeira.

Ele mereceu até dois gentis apelidos: “PJ” e Poli”.

Muito simpático, não ?

A certa altura, com a própria e límpida voz, Cachoeira diz que o detrito deve ser plantado na seção “Radar”, sob a imaculada responsabilidade de Lauro Jardim (que processa Luis Nassif).

Mas, na verdade, nem o Cachoeira leva o “Radar” a sério: “se for na revista melhor ainda”, diz o notável empresário.

(
Clique aqui para ler texto do Nassif: “o Policarpo (o Lauro Jardim -PHA) não interessa. Quem interessa é o Roberto(o) Civita”.)

A reportagem de Afonso Monaco mostra como Robert(o) Civita e Cachoeira tramaram a “reportagem” para entrar no apartamento de José Dirceu num hotel de Brasília.

Poderia ser para plantar cocaína no apartamento.

Mas, resultou numa pífia denúncia: que Dirceu recebia amigos e aliados para “derrubar” o Palocci.

Palocci, como se sabe, se derrubou porque não revelou a quem dava consultoria.

Na plantação da imagem de corrupção dos Correios, que deu origem ao mensalão – que está por provar-se – o alvo também era o Dirceu.

Cachoeira e Demóstenes acertaram pegar o Dirceu, porque Dirceu tinha impedido Demóstenes de ser Secretário Geral de Justiça – e legalizar o jogo.

As vozes dos personagens desse conluio comprovam o óbvio (que os mervais tentam encobrir):
o que a Veja do Robert(o) fazia com o Cachoeira é um crime e aproxima Robert(o) da cadeia.

O PiG (*) tenta proteger Robert(o).

Robert(o) deve achar que desfruta da impunidade de que Roberto Marinho se valeu, no regime militar, para
simular um atentado que o convertesse de cúmplice em vítima do regime.
Clique aqui para ler “A Veja é o que é porque o dono é um perdedor”.

A CPI vai desvendar outra operação Robert(o)/Cachoeira/Demóstenes: o grampo sem áudio que tirou Daniel Dantas da forca.

E por que, segundo Demóstenes, o
“Gilmar mandou buscar” um processo que envolvia interesses empresariais de Cachoeira.

A reportagem de Afonso Monaco conclui com o bravo deputado Fernando Ferro, PT/PE, o autor da expressao PiG (*).

Ele quer que Robert(o) apareça para depor na CPI.

E se pergunta: quem essa elite pensa que é ?

Que vale mais que os outros?

Que está acima da Lei ?

A turma da Veja acha que sim.

E os mervais parecem concordar.

Mas, como diz o delegado Protógenes: jornalista bandido bandido é.

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