Pelo nono ano seguido, Prefeitura de São Paulo propõe 0,01% de reajuste salarial a servidores - Guilherme Balza do UOL São Paulo
Pelo nono ano seguido, Prefeitura de São Paulo propõe 0,01% de reajuste salarial a servidores
O prefeito Gilberto Kassab, que
reajustou em até 236% o salário de funcionários do
primeiro escalão da Prefeitura de São Paulo, repetiu o que vem ocorrendo desde
2004 na capital paulista e propôs reajuste salarial de 0,01% aos servidores
públicos municipais.
A proposta foi enviada à Câmara
Municipal e deve ser votada nos próximos dias. O Sindsep (Sindicato dos
Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias) contesta o percentual e
reivindica reajuste de 47,56%, referente às perdas salariais dos últimos
anos.
Nos últimos nove anos, a medida foi
adotada pelas gestões Kassab (PSD), José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PT) para
cumprir a Constituição Federal, que prevê reajuste anual a servidores públicos,
embora não especifique valor, nem percentual aplicado.
- Projeto de lei enviado pelo prefeito Gilberto Kassab à Câmara Municipal propondo reajuste de 0,01%
O aumento de 0,01% será concedido a
16 mil servidores que atuam na educação, serviço funerário, zoonoses, Instituto
de Previdência Municipal (Inprem), Hospital do Servidor Público, além de
funcionários de autarquias municipais, secretarias da prefeitura e
subprefeituras.
Os pisos iniciais das categorias são
de R$ 440 para quem tem nível básico, R$ 646 para nível médio e R$ 1.839 para
nível universitário. Com o reajuste aprovado na lei, os servidores de nível
básico que recebem o piso, por exemplo, ganharão um aumento de menos de dez
centavos.
“Isso é um desrespeito à nossa
categoria. O governo tem usado esse reajuste só para não ter problemas legais”,
afirma o vice-presidente do Sindsep, Leandro Oliveira. De acordo com ele, a
categoria está pressionando os vereadores a não aprovar a
proposta.
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