Gravações apontariam que a Delta foi favorecida nas obras de ampliação da Marginal do Tietê
Agência Estado
O Ministério Público de São Paulo e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o contraventor Carlinhos Cachoeira investigam um possível favorecimento do grupo do bicheiro em São Paulo, na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e durante o mandato de José Serra (PSDB) no governo do Estado (2007-2010) e na prefeitura paulistana (2004-2006).
De acordo com reportagem da revista IstoÉ na edição desta semana, a suspeita é que a construtora Delta, que seria o braço operacional de Cachoeira, teria sido favorecida com a ampliação do número de contratos durante essas administrações.
A IstoÉ afirma que os parlamentares que compõem a CPI tiveram acesso a conversas telefônicas gravadas com autorização judicial entre junho de 2011 e janeiro deste ano. Segundo a revista, as gravações apontam que a construtora Delta foi favorecida em contratos de obras de ampliação da Marginal do Tietê, na cidade de São Paulo, e na prestação de serviços de varredura de lixo na capital, que somariam mais de R$ 2 bilhões.
Nas gravações, às quais a revista afirma ter tido acesso, pessoas próximas de Cachoeira fazem referências a adequações de editais e contratos para que a Delta fosse beneficiada.
Na última quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil para apurar a existência de irregularidades nas licitações, superfaturamento e conluio entre
Em depoimento para a revista, o deputado estadual João Paulo Rillo (PT) diz que a apuração sobre os contratos da Delta pode revelar um “caixa 2″ do PSDB em São Paulo. Já o líder tucano, Álvaro Dias, argumenta que os contratos devem ser verificados com o intuito de apontar se os valores pagos foram justos.
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