Desde que a revista Veja adotou como objetivo a derrubada do presidente Lula e posteriormente de sua sucessora, Dilma Rousseff, a publicação semanal da editora Abril passou a cumprir trajetória declinante, expressa em um tom que oscila do ridículo ao grotesco, passando pelo engodo, sem prescindir da violência.
Durante um determinado período, os donos da Veja acreditaram que as capas do semanário poderiam influenciar a história do Brasil, sobretudo pela repercussão alcançada em outros veículos, também eles simpáticos à ideia do enfraquecimento do governo Lula.
A história mostrou que os Civita laboravam em erro. O presidente Lula cumpriu, com êxito, seus dois mandatos. Foram oito anos de absoluto sucesso, não só junto ao povo brasileiro, mas também com sólido reconhecimento pela comunidade internacional. E, no fim de seu segundo mandato, com o PT e apoiado por ampla aliança, elegeu Dilma Rousseff presidenta da República.
Essas derrotas sucessivas e a perspectiva de futuro ainda menos promissor talvez tenham feito desabrochar na Veja sua latente vocação para o crime. Com efeito, há tempos a revista percorre esse caminho, mas só agora, à luz do trabalho da Polícia Federal, temos certeza de que a Veja opera dossiês falsos, trabalha com lobbies políticos e empresariais, mantem intensas relações com o contraventor Carlos Cachoeira e com “arapongas” remanescentes da ditadura.
A edição nº 2269, de 16 de maio corrente, parece indicar o início de uma nova etapa na trajetória da revista Veja. Sugere que terminou a fase da decadência e começou o desespero. Decorrente – é provável - da consciência de que a máscara caiu e da compreensão de que eventuais derrotas demotucanas podem significar o fim da aquisição de grandes quantidades de seus exemplares para serem impingidos a servidores públicos que não solicitaram nem desejam ser assinantes de uma publicação que, desprovida de qualquer mérito, em qualquer campo do conhecimento humano, perdeu toda a credibilidade.
Os ataques insanos, da última edição da Veja, contra o companheiro Ruy Falcão, presidente Nacional do PT, são mais um sintoma da era do desespero dessa publicação, que perdeu a noção da realidade e embarcou em uma paranoia sem volta. Eles não diminuem sequer um centímetro da estatura moral, política e intelectual de Ruy Falcão, que merece e recebe a solidariedade integral da Bancada do PT e das demais instâncias do partido.
A Bancada do PT reafirma seu compromisso com a luta pela democracia, pela liberdade de imprensa, dentro da compreensão de que a condução da CPMI do Cachoeira é uma importante tarefa a ser executada com rigor pelo Congresso Nacional, para combater o crime organizado que, praticamente, se apoderou do aparelho do estado de Goiás, tem ramificações em outras esferas do Estado brasileiro e parcerias com certas empresas e órgãos de imprensa.
A democracia triunfará sobre o fascismo e o crime.
Jilmar Tatto (PT-SP), líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados
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