Publicado em 04-Nov-2011
Aguardar a cobrança das marchas da corrupção ao tucanato...
Lamentável. O tucanato perdeu o pudor. A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) enterrou a "investigação" que chegou a pensar em fazer sobre a venda de emendas parlamentares por deputados da base aliada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Há mais de um mês, o deputado Roque Barbiere (PTB) veio a público denunciar esse balcão de negócios, sem citar nomes de colegas - só disse que 30% dos 94 parlamentares vendem emendas para empreiteiras e prefeituras. A crise então deflagrada foi agravada pelo tucano da vez, o deputado Bruno Covas (SP), o preferido do governador Alckmin como candidato a prefeito de São paulo no ano que vem.
Covas contou ter recebido proposta de propina de um prefeito. Disse ter recusado e orientado o ofertante a doar o dinheiro à uma Santa Casa. Não o denunciou, nem tomou nenhuma outra providência.
Trabalhos encerrados para evitar testemunha
Há poucas semanas, porém, o deputado Major Olímpio (PDT) apresentou ao Conselho de Ética um nome para prestar depoimento à Casa - Tereza Barbosa, presidenta da ONG Centro Educacional Cultural Santa Terezinha. Ela confirmou ao deputado e a jornais o esquema da venda de emendas e traria novas pistas sobre o caso. Segundo o deputado, ela teria lhe dito que alguns parlamentares só indicavam verbas de emendas para sua entidade, caso recebessem parte dos recursos.
Resultado: os trabalhos da Conselho de Ética foram encerrados essa semana, antes que fosse convocada e ouvida a testemunha. Além disso, o presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz (PSDB) e outros parlamentares ameaçaram até encaminhar o nome de Roque Barbiere ao Conselho, o que encerrava risco de cassação de seu mandato.
Tudo, então, não passou de uma verdadeira farsa e, pior, protagonizada com dinheiro público. Ao final das contas, a Comissão apenas se limitou a fazer umas cópias das atas das reuniões realizadas a respeito e as enviou para o Ministério Público Estadual de São Paulo. Nada mais. Como bem resumiu o deputado João Paulo Rillo (PT), “o relatório sai do nada e caminha cinicamente a lugar nenhum”. Vejam que dos 18 requerimentos apresentados na Comissão, apenas 3 foram aprovados.
Sim, meus caros, o tucanato perdeu o pudor. E, pior, perdeu porque sabe que conta com a cobertura da grande mídia para abafar o seu comportamento hipócrita e cínico, acobertando um escândalo sem precedentes, durante os governos José Serra e Geraldo Alckmin. Vamos aguardar agora as marchas contra a corrupção cobrarem do PSDB, DEM e PPS a apuração desse escândalo que envolve os deputados desses partidos em São Paulo.
Há mais de um mês, o deputado Roque Barbiere (PTB) veio a público denunciar esse balcão de negócios, sem citar nomes de colegas - só disse que 30% dos 94 parlamentares vendem emendas para empreiteiras e prefeituras. A crise então deflagrada foi agravada pelo tucano da vez, o deputado Bruno Covas (SP), o preferido do governador Alckmin como candidato a prefeito de São paulo no ano que vem.
Covas contou ter recebido proposta de propina de um prefeito. Disse ter recusado e orientado o ofertante a doar o dinheiro à uma Santa Casa. Não o denunciou, nem tomou nenhuma outra providência.
Trabalhos encerrados para evitar testemunha
Há poucas semanas, porém, o deputado Major Olímpio (PDT) apresentou ao Conselho de Ética um nome para prestar depoimento à Casa - Tereza Barbosa, presidenta da ONG Centro Educacional Cultural Santa Terezinha. Ela confirmou ao deputado e a jornais o esquema da venda de emendas e traria novas pistas sobre o caso. Segundo o deputado, ela teria lhe dito que alguns parlamentares só indicavam verbas de emendas para sua entidade, caso recebessem parte dos recursos.
Resultado: os trabalhos da Conselho de Ética foram encerrados essa semana, antes que fosse convocada e ouvida a testemunha. Além disso, o presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz (PSDB) e outros parlamentares ameaçaram até encaminhar o nome de Roque Barbiere ao Conselho, o que encerrava risco de cassação de seu mandato.
Tudo, então, não passou de uma verdadeira farsa e, pior, protagonizada com dinheiro público. Ao final das contas, a Comissão apenas se limitou a fazer umas cópias das atas das reuniões realizadas a respeito e as enviou para o Ministério Público Estadual de São Paulo. Nada mais. Como bem resumiu o deputado João Paulo Rillo (PT), “o relatório sai do nada e caminha cinicamente a lugar nenhum”. Vejam que dos 18 requerimentos apresentados na Comissão, apenas 3 foram aprovados.
Sim, meus caros, o tucanato perdeu o pudor. E, pior, perdeu porque sabe que conta com a cobertura da grande mídia para abafar o seu comportamento hipócrita e cínico, acobertando um escândalo sem precedentes, durante os governos José Serra e Geraldo Alckmin. Vamos aguardar agora as marchas contra a corrupção cobrarem do PSDB, DEM e PPS a apuração desse escândalo que envolve os deputados desses partidos em São Paulo.
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