Publicado em 12-Nov-2011
É evidente que os Estados Unidos e a Organização do Tratado...
É evidente que os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão se preparando para atacar o Irã. Para tanto, e como inúmeras outras vezes fizeram nas mais diversas partes do mundo, fabricam e vale qualquer pretexto.
O de agora é o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU. O mais difícil para eles - se bem que não ligam para isso, inventam justificativas - é que este relatório da AIEA não diz explicitamente que o Irã constrói armas nucleares. Pelo contrário, é claríssimo ao afirmar que não há evidências e provas de que a nação persa fabrica ou já fabricou e armazenou esse tipo de arma.
Ou seja, ao contrário do aliadíssimo (aos EUA) Israel, que já as possui. Mas o tal relatório-pretexto afirma, ainda que canhestramente, que o programa iraniano pode levar a produção de armas nucleares, o que Teerã nega de forma peremptória e pública. Mas é tudo o que os EUA queriam para atender às pressões e desejos de Israel que querem aniquilar o Irã, único país na região que pode se converter em potência de médio porte. Isto é tudo o que o governo de Jerusalém-Tel Aviv não quer.
O jogo de Israel - via EUA - no xadrez da política internacional
Assim, sob o olhar cúmplice da comunidade internacional e a omissão das Nações Unidas, os EUA prosseguem armando países do Golfo Pérsico - como os Emirados Árabes - para um possível ataque ao Irã. Que, por sua vez, se arma e dá demonstrações de que vai se defender e retaliar, o que seguramente terminará degenerando em guerra na região.
Pior, e mais que isso, com riscos reais de se transformar, de alastrar-se para uma conflagração de caráter regional e/ou mundial, se os países amigos do Irã e que vendem armas a nação persa, como Rússia e China, continuarem apoiando seu hoje aliado Teerã.
Nesse xadrez, tudo indica, Israel aposta num ataque rápido e sem resposta de Teerã. Ou num conflito restrito ao Irã e de
curto prazo, como foi a intervenção da OTAN na Líbia - ilegal, porque não autorizada pela resolução do Conselho de Segurança permanente da ONU. Mas para isso é preciso combinar com os russos, como diz o ditado popular.
Ainda que tudo isso possa, ao final, ser apenas retórica política interna de um Israel cada vez mais dividido, ou até mesmo pressão para que a ONU e os EUA apertem o cinto das sanções contra Teerã. A expectativa do governo israelense é de que divisões e conflitos internos persas justifiquem uma intervenção externa. O que, aliás, um jornalão brasileiro pede hoje em editorial - a beligerante, mas nunca assumida como tal, Folha. Acreditem se quiser!
O de agora é o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU. O mais difícil para eles - se bem que não ligam para isso, inventam justificativas - é que este relatório da AIEA não diz explicitamente que o Irã constrói armas nucleares. Pelo contrário, é claríssimo ao afirmar que não há evidências e provas de que a nação persa fabrica ou já fabricou e armazenou esse tipo de arma.
Ou seja, ao contrário do aliadíssimo (aos EUA) Israel, que já as possui. Mas o tal relatório-pretexto afirma, ainda que canhestramente, que o programa iraniano pode levar a produção de armas nucleares, o que Teerã nega de forma peremptória e pública. Mas é tudo o que os EUA queriam para atender às pressões e desejos de Israel que querem aniquilar o Irã, único país na região que pode se converter em potência de médio porte. Isto é tudo o que o governo de Jerusalém-Tel Aviv não quer.
O jogo de Israel - via EUA - no xadrez da política internacional
Assim, sob o olhar cúmplice da comunidade internacional e a omissão das Nações Unidas, os EUA prosseguem armando países do Golfo Pérsico - como os Emirados Árabes - para um possível ataque ao Irã. Que, por sua vez, se arma e dá demonstrações de que vai se defender e retaliar, o que seguramente terminará degenerando em guerra na região.
Pior, e mais que isso, com riscos reais de se transformar, de alastrar-se para uma conflagração de caráter regional e/ou mundial, se os países amigos do Irã e que vendem armas a nação persa, como Rússia e China, continuarem apoiando seu hoje aliado Teerã.
Nesse xadrez, tudo indica, Israel aposta num ataque rápido e sem resposta de Teerã. Ou num conflito restrito ao Irã e de
curto prazo, como foi a intervenção da OTAN na Líbia - ilegal, porque não autorizada pela resolução do Conselho de Segurança permanente da ONU. Mas para isso é preciso combinar com os russos, como diz o ditado popular.
Ainda que tudo isso possa, ao final, ser apenas retórica política interna de um Israel cada vez mais dividido, ou até mesmo pressão para que a ONU e os EUA apertem o cinto das sanções contra Teerã. A expectativa do governo israelense é de que divisões e conflitos internos persas justifiquem uma intervenção externa. O que, aliás, um jornalão brasileiro pede hoje em editorial - a beligerante, mas nunca assumida como tal, Folha. Acreditem se quiser!
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