Os primeiros passos para o surgimento da Internet que conhecemos ocorreram na década de 60, com a criação da Arpanet pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Na década seguinte houve o fortalecimento da rede. No início dos anos 80, a utilização deixou de ser exclusivamente militar, para se tornar algo ao alcance do cidadão comum. Após os anos 90, surgiram grandes empresas que colaboraram para a expansão e massificação desta ferramenta.
As Redes Sociais, fundamentalmente constituídas por Orkut, MSN, Facebook e Twitter, surgiram no final do século XX, sendo que a ideia inicial da criação do Twitter ocorreu por volta de 1992, por um grupo de taxistas americanos.
As Redes Sociais estabeleceram uma quebra no monopólio da informação. O cidadão comum que anteriormente desenvolvia o papel de receptor passou também a ser o emissor de informações. Com a criação do blogger em 2006, pessoas físicas e jurídicas tornaram – se fontes de informações na internet com endereço virtual. Muitas organizações não governamentais, entidades de classe, partidos políticos e entidades da sociedade civil e também de governo, passaram a utilizar esta ferramenta como principal instrumento de comunicação.
Não há qualquer impedimento para que uma pessoa ou uma instituição possa criar um blog ou mesmo participar de uma Rede Social. Em recente congresso realizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), foi aprovada a seguinte moção que sintetiza muito bem a necessidade de um marco regulatório para os meios de comunicação no Brasil:
“Para o PT e para os movimentos sociais, a democratização dos meios de comunicação é tema relevante e um objetivo comum com os esforços de elaboração do governo Lula e os resultados da I Conferência Nacional de Comunicação, que evidenciou os grandes embates entre agentes políticos, econômicos e sociais de grande peso na sociedade brasileira. É urgente abrir o debate no Congresso Nacional sobre o marco regulador da comunicação social – ordenamento jurídico que amplie as possibilidades de livre expressão de pensamento e assegure o amplo acesso da população a todos os meios – sobretudo os mais modernos como a internet. Daí o nosso repúdio ao projeto de lei 84/99 que se originou e tramita no Senado Federal, o AI-5 digital, pois pretende reprimir a livre expressão na blogosfera. Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa. Mas o jornalismo marrom de certos veículos, que às vezes chega a práticas ilegais, deve ser responsabilizado toda vez que falsear os fatos ou distorcer as informações para caluniar, injuriar ou difamar. A inexistência de uma Lei de Imprensa, a não regulamentação dos artigos da Constituição que tratam da propriedade cruzada de meios, o desrespeito aos direitos humanos presente na mídia, o domínio midiático por alguns poucos grupos econômicos tolhem a democracia, silenciam vozes, marginalizam multidões, enfim criam um clima de imposição de uma única versão para o Brasil. E a crescente partidarização, a parcialidade, a afronta aos fatos como sustentação do noticiário preocupam a todos os que lutam por meios de comunicação que sejam efetivamente democráticos. Por tudo isso, o PT luta por um marco regulatório capaz de democratizar a mídia no país. As reformas institucionais não estarão completas se não forem acompanhadas da mais profunda democratização da comunicação. Além de tudo isso, as mudanças tecnológicas e a convergência de mídias precisam ser acompanhadas de medidas que ampliem o acesso, quebrem monopólios e garantam efetiva pluralidade de conteúdos”.
O documento aprovado pelos delegados e delegadas presentes no Congresso do PT reproduz a necessidade da democratização da mídia no país. As conquistas dos últimos 40 anos, com a popularização da internet no final da década de 90, representaram um grande avanço tecnológico, que permitiu a inserção de setores marginalizados da sociedade. Diariamente surgem novos equipamentos e aplicativos, que estão verdadeiramente revolucionando as formas de comunicação.
Estamos diante de grandes mobilizações convocadas via rede, que estão causando grandes manifestações em várias partes do mundo, inclusive nos Estados Unidos. Cientistas políticos e especialistas em marketing apontam a internet e as redes sociais como uma ferramenta extremamente eficaz para a repercussão de políticas visando às disputas no campo eleitoral.
Atualmente, não há como se implementar uma disputa de um projeto político sem o uso da internet e das Redes Sociais.
Alijar-se de participar deste processo, ou mesmo tentar impedir que outras pessoas o façam, pode significar uma total falta de visão estratégica, ou até mesmo uma grande omissão diante das transformações sociais, que muitas vezes são aceleradas pelas novas tecnologias de comunicação de massa.
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