Publicado em 2 de setembro de 2011 na Direito à comunicação
Políticos do Partido dos Trabalhadores apresentaram, na última quinta-feira (1), documento em que defendem um marco regulatório para a imprensa e a “democratização dos meios de comunicação”, noticia O Estado de S. Paulo. O texto, apresentado como proposta preliminar de resolução para ser votado no próximo domingo (4), durante o 4° Congresso do PT, pede o fim da propriedade cruzada (quando um grupo detém concessões em várias plataformas) e uma legislação para a imprensa.
O texto, que está sendo condensado pelo presidente do partido, Rui Falcão, afirma que a concentração do domínio midiático “tolhe a democracia”, “silencia” e “marginaliza”, “criando um clima de imposição de uma versão única no país”. André Vargas, secretário de Comunicação do PT, afirma que a mídia precisa ter “alguma regulação”. “É uma das tarefas do partido ter iniciativa do debate do marco regulatório. O ideal é que os meios de comunicação aceitem discutir isso”, disse Vargas.
Conforme reproduzido na Folha, o texto condena “certo veículos que flertam com mecanismos ilegais”, em alusão indireta à Veja, que recentemente publicou reportagens acusando José Dirceu de liderar um esquema para derrubar o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e outras articulações políticas. “A matéria da Veja foi um exemplo de jornalismo marrom da pior qualidade e ficamos todos indignados”, afirmou Rui Falcão, deputado e presidente do PT.
Ainda durante o congresso, o comando do PT apresentará uma moção de desagravo em solidariedade a Dirceu, a fim de repudiar as acusações feitas pela publicação.
Segundo o Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff reiterou o pedido para o Ministro de Comunicações, Paulo Bernardo, para que não permita nenhuma resolução sobre “regulação de conteúdo”.
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