A pesquisa divulgada hoje à tarde pelo Instituto de Pesquisa Economica Aplicada sobre as expectativas e o endividamento das famílias brasileiras é um “baile” na chutometria de certos comentaristas econômicos que vivem alarmando a sociedade com versões de que há um temor generalizado de explosão da inflação, que as pessoas estão extremamente endividades e caindo aos magotes na inadimplência.
O gráfico aí acima mostra o nívem em que as famílias brasileiras se percebem endividadas. Há um ano, 27,8% delas se considerava mais ou menos ou muito endividada, enquanto 72,1% diziam não ter dívidas ou ter poucos débitos a saldar. Hoje, 27,4% acham-se mais ou menos ou muito encalacrados com dívidas, enquanto a 72,4 acham que estão em situação confortável. Décimos de diferença por arredondamento, o índice simplesmente não se alterou.
A expectativa otimista sobre a sua situação econômica era a avaliação, em agosto de 2010, de 62,8% dos entrevistados. Subiu até atingir 67,2% em dezembro, sofreu ligeiras quedas ao longo do primeiro semestre a agora voltou a subir, chegando a 65,2% em agosto. De novo, o mesmo: não há nenhum traço de pessimismo, muito menos de generalizado na população.
Daqui a pouco, no blog Projeto Nacional, faço uma análise mais aprofundada da pesquisa do Ipea, mostrando que a onda de terrorismo inflacionário, sim, produziu efeitos na classe média que se influencia pela mídia.
Mas o povão que não usa “black-tie”, por sorte, também não lê a Miriam Leitão.
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