Pular para o conteúdo principal

NX Zero no Manos e Minas, o que vc acha?

As Elocubrações do Taveira - Veja o Texto Enviado Para a Folha e que Evidentemente Não Foi Publicado por "Não Ter Pé Nem Cabeça"

"Acha que tem capacidade para criticar a imprensa sem ao menos saber escrever direito. Tentou várias vezes que a Folha publicasse seus "artigos", todos sem pé nem cabeça".
 
José Marcos Taveira, editor executivo da Internet da Folha da Região

Leia um dos textos "sem pé nem cabeça" enviado para a Folha e que naturalmente não foi publicado por este motivo:

A direção da TV Cultura que é escolhida pelo governo estadual, acaba de investir mais uma vez contra o Programa “Manos e Minas”.
Sabemos que este programa, pelas suas características, está caminhando para se consolidar como uma espécie de guardião dos valores culturais e patrimoniais da periferia, pelo fato de massificar a linguagem e os costumes dos jovens afrodescendentes brasileiros que em sua grande maioria valorizam e preservam a sua identidade através da cultura Hip – Hop, do samba de raiz e do samba rock.
“Manos e Minas”, até este momento, representava a resistência negra no meio da proliferação da cultura inútil e do desrespeito a dignidade humana predominante na televisão brasileira.
Neste sábado, ao nos depararmos com a banda NX Zero sendo apresentada no palco do “Manos e Minas”, foi como recebêssemos um bofetão cultural desfechado por um Tucano Irado respaldado pela intolerância de um “Demo” Revoltado, com os últimos resultados das urnas eleitorais.
Ver o NX Zero invadindo o palco que já foi usado por EMICIDA, Dexter, RZO e outros ícones da juventude negra brasileira, foi como assistir a uma pornochanchada no horário nobre.
Existem pouquíssimos espaços para a divulgação da cultura negra na televisão brasileira, ao contrário de outros estilos musicais, que ocupam um espaço cada vez mais privilegiado em todas as emissoras de rádio e de televisão.
Muito provavelmente virão com a desculpa esfarrapada de que os índices de audiência não justificam um programa segmentado, havendo a necessidade de tornar o “Manos e Minas” um programa mais Rock and Roll.
A verdade é que se todas as tentativas desenvolvidas de miscigenar a população negra durante o último século fracassaram. Talvez seja o pensamento da elite branca que continua monopolizando os meios de comunicação, “clarear” a programação da televisão e quem sabe com um “Manos e Minas and Roll” esta juventude negra, que hoje está cada vez mais participativa, atuante e consciente de seus direitos, volte a esperar deitada em berço esplêndido pela generosidade da elite dominante branca que pensa que pode nos impor, de maneira truculenta e totalitária os seus modelos políticos e culturais.
A sociedade brasileira já escolheu o seu modelo através do voto democrático. Os jovens afrodescendentes que representam a parcela da população mais vitimada pela violência nas ruas saberão responder adequadamente a mais esta forma de agressão cultural institucionalizada.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Carta das Centrais Sindicais ao Presidente Bolsonaro

“EXMO. SR. JAIR MESSIAS BOLSONARO MD. PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA – DF Senhor Presidente, As Centrais Sindicais que firmam a presente vem, respeitosamente, apresentar-se à Vossa Excelência com a disposição de construir um diálogo em benefício dos trabalhadores e do povo brasileiro. Neste diálogo representamos os trabalhadores, penalizados pelo desemprego que atinge cerca de 12,4 milhões de pessoas, 11,7% da população economicamente ativa (IBGE/PNAD, novembro de 2018) e pelo aumento da informalidade e consequente precarização do trabalho. Temos assistido ao desmonte de direitos historicamente conquistados, sendo as maiores expressões desse desmonte a reforma trabalhista de 2017, os intentos de reduzir direitos à aposentadoria decente e outros benefícios previdenciários, o congelamento da política de valorização do salário mínimo e os ataques à organização sindical, as maiores expressões deste desmonte. Preocupa-nos sobremaneira o destino da pol

19 Exemplos de publicidade social que nos fazem pensar em problemas urgentes - POR: INCRÍVEL.CLUB

Criadores de propagandas de cunho social têm um grande desafio: as pessoas precisam não apenas notar a mensagem, mas também lembrar dela. Você deve admitir que, mesmo passados vários anos, não consegue tirar da cabeça algumas peças publicitárias desse tipo, que fizeram com que passasse a enxergar determinadas situações sob uma outra ótica. Se antes as propagandas sociais abordavam tmas como a poluição do meio ambiente com plástico e o aquecimento global, hoje existem campanhas sobre os perigos do sedentarismo, os riscos que o tabagismo representa aos animais em decorrência do aumento de incêndios florestais e até sobre a importância das férias para a saúde humana. São, portanto, peças que abordam problemas atuais e familiares para muita gente. Neste post, o  Incrível.club  mostra a você o que de melhor foi criado recentemente no campo das propagandas de cunho social. Fumar não é prejudicial apenas à sua saúde, mas também aos animais que vivem em áreas que sofrem com incênd

Empresas impõem regras para jornalistas

REDE SOCIAIS Por Natalia Mazotte em 24/5/2011 Reproduzido do Jornalismo nas Américas http://knightcenter.utexas.edu/pt-br/ , 19/5/2011, título original: "Site de notícias brasileiro adota regras para o uso das redes sociais por jornalistas"; intertítulo do OI Seguindo a tendência de veículos internacionais , o site de notícias UOL divulgou aos seus jornalistas normas para o uso de redes sociais , de acordo com o blog Liberdade Digital. As recomendações se assemelham às já adotadas por empresas de notícias como Bloomberg , Washington Post e Reuters : os jornalistas devem evitar manifestações partidárias e políticas, antecipar reportagens ainda não publicadas ou divulgar bastidores da redação e emitir juízos que comprometam a independência ou prejudiquem a imagem do site. Segundo um repórter do UOL, os jornalistas estão tuitando menos desde que as diretrizes foram divulgadas . "As pessoas estão tuitando bem menos. Alguns cogitam deletar seus p