Pular para o conteúdo principal

Dirceu rebate acusações de 'Veja' em entrevista à Record

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu rebateu hoje as acusações de tráfico de influência e de que trabalhe nos bastidores contra o governo Dilma Rousseff. Em entrevista de 20 minutos a Record News, Dirceu disse que é governista, que sempre defendeu a candidatura de Dilma e que mantém relações com ministros e políticos influentes porque ainda atua na política. "Sou uma liderança do PT e sou ouvido", admitiu o ex-ministro.
Nesta semana, reportagem da revista Veja revelou que o ex-ministro mantém um "gabinete" num hotel de Brasília, onde "despacha" com homens do Planalto e o acusa de conspirar contra a presidente da República, o que ele negou. "É como dizer que eu deixei de ser corintiano", respondeu o bem-humorado José Dirceu. De acordo com o ex-ministro, houve uma tentativa de invasão de seu quarto, mas só decidirá sobre uma ação contra a publicação após as investigações policiais.
Dirceu confirmou os encontros revelados pela revista e admitiu que mantém relações próximas com pessoas influentes. "Por que não posso me encontrar com ministros?", questionou ao se referir ao encontro com o "amigo" Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento. Ele também negou que ainda exerça grande influência no PT. "Quem influencia nas decisões é o PT", garantiu.
Durante a entrevista, o ex-ministro também se posicionou sobre temas polêmicos. Para Dirceu, autoridades não devem utilizar jatinhos particulares por haver conflito de interesses. "Autoridade não deve usar aviões particulares de empresas", defendeu o ex- ministro ao negar ter se utilizado do favor de empresários durante o período em que foi o homem mais poderoso do governo Lula. "Nunca peguei".
Sobre a "faxina" ministerial da presidente, José Dirceu defendeu a postura de Dilma. "A presidente adotou a atitude que precisava adotar", avaliou. De acordo com ele, o Brasil precisa de uma reforma política, caso contrário, poderá viver períodos de turbulência com manifestações nas ruas."Essa estrutura que temos aí vai cair nas ruas porque está fadada ao fracasso", concluiu.
Perguntado sobre a absolvição da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), Dirceu afirmou que a decisão da Câmara no caso foi política. "Fui cassado pela Câmara e não havia provas contra mim. Foi uma cassação política e essa absolvição foi política", afirmou. Dirceu disse que é contra os processos de cassação no Legislativo.
Eleição - Sobre a disputa no PT para a candidatura à Prefeitura de São Paulo, o ex-ministro não manifestou uma preferência clara entre a senadora Marta Suplicy e o ministro da Educação Fernando Haddad, mas defendeu a renovação dos quadros. "Há um sentimento no PT de renovação, mas ele (Haddad) precisa se viabilizar. O Lula não pode transformar ninguém em candidato."

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Carta das Centrais Sindicais ao Presidente Bolsonaro

“EXMO. SR. JAIR MESSIAS BOLSONARO MD. PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA – DF Senhor Presidente, As Centrais Sindicais que firmam a presente vem, respeitosamente, apresentar-se à Vossa Excelência com a disposição de construir um diálogo em benefício dos trabalhadores e do povo brasileiro. Neste diálogo representamos os trabalhadores, penalizados pelo desemprego que atinge cerca de 12,4 milhões de pessoas, 11,7% da população economicamente ativa (IBGE/PNAD, novembro de 2018) e pelo aumento da informalidade e consequente precarização do trabalho. Temos assistido ao desmonte de direitos historicamente conquistados, sendo as maiores expressões desse desmonte a reforma trabalhista de 2017, os intentos de reduzir direitos à aposentadoria decente e outros benefícios previdenciários, o congelamento da política de valorização do salário mínimo e os ataques à organização sindical, as maiores expressões deste desmonte. Preocupa-nos sobremaneira o destino da pol

19 Exemplos de publicidade social que nos fazem pensar em problemas urgentes - POR: INCRÍVEL.CLUB

Criadores de propagandas de cunho social têm um grande desafio: as pessoas precisam não apenas notar a mensagem, mas também lembrar dela. Você deve admitir que, mesmo passados vários anos, não consegue tirar da cabeça algumas peças publicitárias desse tipo, que fizeram com que passasse a enxergar determinadas situações sob uma outra ótica. Se antes as propagandas sociais abordavam tmas como a poluição do meio ambiente com plástico e o aquecimento global, hoje existem campanhas sobre os perigos do sedentarismo, os riscos que o tabagismo representa aos animais em decorrência do aumento de incêndios florestais e até sobre a importância das férias para a saúde humana. São, portanto, peças que abordam problemas atuais e familiares para muita gente. Neste post, o  Incrível.club  mostra a você o que de melhor foi criado recentemente no campo das propagandas de cunho social. Fumar não é prejudicial apenas à sua saúde, mas também aos animais que vivem em áreas que sofrem com incênd

Empresas impõem regras para jornalistas

REDE SOCIAIS Por Natalia Mazotte em 24/5/2011 Reproduzido do Jornalismo nas Américas http://knightcenter.utexas.edu/pt-br/ , 19/5/2011, título original: "Site de notícias brasileiro adota regras para o uso das redes sociais por jornalistas"; intertítulo do OI Seguindo a tendência de veículos internacionais , o site de notícias UOL divulgou aos seus jornalistas normas para o uso de redes sociais , de acordo com o blog Liberdade Digital. As recomendações se assemelham às já adotadas por empresas de notícias como Bloomberg , Washington Post e Reuters : os jornalistas devem evitar manifestações partidárias e políticas, antecipar reportagens ainda não publicadas ou divulgar bastidores da redação e emitir juízos que comprometam a independência ou prejudiquem a imagem do site. Segundo um repórter do UOL, os jornalistas estão tuitando menos desde que as diretrizes foram divulgadas . "As pessoas estão tuitando bem menos. Alguns cogitam deletar seus p