Em mais um sinal de que as bicadas tucanas andam fortes em São Paulo, há notícias de que Governador Geraldo Alckmin anulará o contrato do Prodesp – a empresa estadual de processamento de dados – com empresa Fence, do coronel da reserva Ênio Gomes Fontenelle, contratada por Serra em 2008, sem licitação, depois de ter servido ao “coiso” no Ministério da Saúde.
A Fence ficou conhecida pelas suposições de envolvimento da espionagem que resultou na ação da Polícia federal contra Jorge Murad, marido de Roseana Sarney, que teve de abandonar sua candidatura, levando o PFL – hoje DEM – a apoiar Serra à presidência em 2002.
O site Poder Online, do IG, levantou há dias a possibilidade de continuar existindo um sistema de escutas clandestinas ligadas ao serrismo e ao prefeito Gilberto Kassab:
“Os próximos rounds da luta declarada pelo prefeito Gilberto Kassab a seus adversários promete momentos de revelações e deve ocorrer, na avaliação de políticos paulistas, na campanha eleitoral do ano que vem.
De acordo com testemunhas do primeiro destempero público do prefeito Gilberto Kassab, revelado por Poder Online e ocorrido no dia 23 de maio, nas Faculdades Metropolitanas Unidas, durante palestra sobre bullying, ele travou o seguinte diálogo com o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP):
- Eu vou quebrar o seu pescoço, o do [Geraldo] Alckmin, do Alexandre [Moraes] e o do Rodrigo [Garcia].
- O que é isso Kassab ? – teria dito Chalita, surpreso com a agressividade do prefeito.
- Tá tudo grampeado – respondeu Kassab.
- Grampeado o quê? Você está me ameaçando? – devolveu o deputado.
Dali pra frente foi Kassab acusando Chalita de fazer e acontecer contra ele e Chalita dizendo que nunca tinha feito nada. Aí o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que mediaria o debate sobre bullying, chamou os dois para começar o evento.
E mais.
No diálogo, se é que a definição seja esta, de quarta-feira, no gabinete do secretário de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, Kassab ameaçou:
- Eu sei seus podres.
E ouviu:
- Se eu tenho podres foram feitos ao seu lado.
Muita gente ouviu também. Chalita e Rodrigo Garcia preferiram não comentar os fatos. Alckmin também, de acordo com sua assessoria, calou-se.”
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