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Ex-colaborador do WikiLeaks diz ter apagado milhares de documentos

Daniel Domscheit-Berg, fundador do OpenLeaks, teria apagado 5 gigabytes de dados, incluindo lista de suspeitos de terrorismo nos EUA

BBC Brasil | 22/08/2011


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Ex-colaborador do WikiLeaks diz ter apagado milhares de documentosDaniel Domscheit-Berg, fundador do OpenLeaks, teria apagado 5 gigabytes de dados, incluindo lista de suspeitos de terrorismo nos EUA
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Foto: BBC Brasil
Daniel Domscheit-Berg fundou o site rival OpenLeaks
Um ex-porta-voz do site WikiLeaks diz ter apagado milhares de arquivos não publicados que haviam sido enviados ao site, após um desentendimento com o fundador do projeto, Julian Assange.
Daniel Domscheit-Berg disse à revista alemã Der Spiegel que os documentos incluíam até mesmo uma cópia da lista "no-fly" americana, uma relação de pessoas que os Estados Unidos não permitem que entrem ou saiam do país por meio de aviões, com base em suspeitas de ligações com o terrorismo.
Domscheit-Berg diz que destruiu os documentos para evitar que as fontes fossem comprometidas, depois que teve um desentendimento grave com Assange. O ex-porta-voz teria retirado os documentos dos servidores do WikiLeaks quando se desligou do site, especializado no vazamento de documentos confidenciais.
Por meio de sua conta no serviço de microblogging Twitter, o WikiLeaks confirmou as afirmações de Domscheit-Berg. "Podemos confirmar que DDB (Daniel Domscheit-Berg) destruiu dados, incluindo uma cópia da lista ‘no-fly’ integral dos Estados Unidos."
O comunicado do WikiLeaks disse ainda que seu ex-colaborador apagou 5 gigabytes de dados relativos ao Bank of America, além de comunicações internas de 20 organizações neonazistas e informações de "mais de cem empresas de internet" interceptadas pelos Estados Unidos. No entanto, Domscheit-Berg não confirmou essas acusações.
Um comunicado atribuído a Julian Assange acusava o alemão de sabotagem e de tentativa de chantagem.
Personalidades
Em 2010, Domscheit-Berg trabalhou como voluntário no WikiLeaks. Perto do fim do ano, ele deixou a organização. Em seguida, o ativista publicou um livro sobre suas experiências, no qual afirma ter se desentendido com Assange devido aos seus métodos de administração, considerados pouco usuais.
O ex-porta-voz diz ter pedido especificamente que deixasse o cargo de representante público do WikiLeaks devido às acusações de assédio sexual que pesam contra o criador do site.
Em entrevista ao programa Panorama, da BBC, Domscheit-Berg disse que "sentiu que (o WikiLeaks) estava desmoronando porque ele (Assange) era muito ignorante". Ele também acusou o fundador do WikiLeaks de "se comportar como uma criança, agarrando-se ao brinquedo".
Depois de sua saída do WikiLeaks, Domscheit-Berg abriu um site rival, chamado de projeto OpenLeaks.

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