O magnata da mídia Rupert Murdoch é um dos homens mais ricos e poderosos do mundo.
Ele é dono Wall Street Journal, do The New York Post, da Fox – quarta maior rede de televisão americana e, na TV por assinatura, a Fox Sports, Fox News, a National Geographic TV, Channel World, FX e mais 14 canais. Tem dezenas de jornais pelo mundo e já tentou comprar o próprio The New York Times.
Mas o escândalo de espionagem do seu tablóide News of The World feriu profundamente a rede de influência em que se apóia o seu império. O órgão regulador de telecomunicação no Reino Unido já sinalizou que se opoerá a aquisição pelo grupo da Sky inglesa.
O governo conservador inglês quer livrar-se de sua íntima ligação com Murdoch, que também era “amigo” de Tony Blair. Os republicanos americanos, unha e carne com Murdoch – leia aqui – vão colocá-lo na “geladeira” por um tempo, pelo menos, pela postura militante anti-Barack Obama de sua Fox.
Claro que não se pode generalizar esta barbaridade para todos os conglomerados de mídia, mas é impossível acreditar que decisões e recursos para uma o grampeamento em massa de telefonespudessem se dar sem autorização e cumplicidade dos mais altos executivos da empresa (melhor não chama-los de jornalistas, não é?).
Aliás, os conglomerados de mídia pouco têm a ver com imprensa livre, hoje. Seus apetites e cumplicidades políticas não tornam a ética, digamos, o mais sagrado dos seus valores, embora eles a usem sempre quando lhes interessa, sobretudo para demolir pessoas e governos.
Décadas atrás, acostumamo-nos a ver regimes autoritários fecharem jornais. Talvez seja, porém, a primeira vez em que vemos um jornal ser fechado por uma arbitrariedade praticada por ele mesmo.
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