Anunciantes do 'News of the World' cancelam campanhas, e ações do grupo News Corporation, do magnata Rupert Murdoch, caem 3,6%
Um homem representa o magnata Rupert Murdoch controlando as marionetes do premiê David Cameron e do secretário de Cultura Jeremy Hunt, que são favoráveis ao controle total do satélite de transmissão British Sky Broadcasting por parte do conglomerado News Corporation(Peter Macdiarmid / Getty)
Os telefones de familiares de soldados britânicos mortos nas guerras do Iraque e do Afeganistão também foram grampeados pelo tabloide News of the World. De acordo com o jornal The Daily Telegraph, foram encontrados os números dos telefones das famílias nos documentos do detetive contratado pelo tabloide para fazer as escutas, Glenn Mulcaire.
O escândalo das escutas ilegais caso eclodiu em 2006, quando foi revelado que alguns jornalistas do jornal mais vendido em língua inglesa recorriam a grampos para ter acesso a conversas de políticos e celebridades e manter sua reputação de “tabloide de notícias exclusivas”.
Nesta semana, o caso ganhou uma dimensão ainda maior com a revelação de que Mulcaire grampeou as mensagens de voz do celular de Milly Dowler, uma menina de 13 anos que desapareceu em 2002 e depois foi encontrada morta. Mensagens de sua caixa postal foram apagadas pelos arapongas, de modo a liberar espaço para mais recados, o que induziu polícia e familiares a pensar que a garota ainda estivesse viva.
Declarações - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenou as escutas, qualificando-as como “repugnantes” e disse que ordenará a abertura de um inquérito sobre o caso. Por sua vez, Rupert Murdoch, o magnata dono da News Corporation, conglomerado da qual faz parte o News International, que coordena News of the World, classificou as acusações como “deploráveis e inaceitáveis”.
Em comunicado, a News International afirmou que o grupo ficaria “absolutamente chocado e horrorizado” se fossem verdadeiras as acusações sobre as famílias dos soldados mortos e que contataria imediatamente o Ministério de Defesa da Grã-Bretanha. Um porta-voz da companhia disse que a News International é “amiga” do Exército e que apoiou as campanhas militares durante anos.
A mãe de um soldado britânico morto em 2004 disse à rede BBC que estava “totalmente enojada com as acusações chocantes”, e que há muita raiva por parte das famílias de militares que se perguntam se estão na lista de escutas ilegais do detetive Mulcaire.
Anúncios - O escândalo repercutiu até nos anunciantes do News of the World, que se uniram ao coro de indignação da opinião pública e retiraram suas propagandas do jornal. Entre aqueles que já informaram que não vão mais anunciar no tabloide estão as empresas Ford, Vauxhall e Co-Operative.
Ações - A repercussão também alcançou o mercado. As ações do grupo News Corporation caíram 3,6 por cento em Nova York nesta quarta-feira. Os investidores temem que o escândalo coloque em perigo as chances de o grupo assumir o controle do satélite de transmissão British Sky Broadcasting. O vice de Cameron, Nick Clegg, defende que o pedido do grupo seja congelado, mas Cameron resiste a tomar a decisão.
Em comunicado, a News International afirmou que o grupo ficaria “absolutamente chocado e horrorizado” se fossem verdadeiras as acusações sobre as famílias dos soldados mortos e que contataria imediatamente o Ministério de Defesa da Grã-Bretanha. Um porta-voz da companhia disse que a News International é “amiga” do Exército e que apoiou as campanhas militares durante anos.
A mãe de um soldado britânico morto em 2004 disse à rede BBC que estava “totalmente enojada com as acusações chocantes”, e que há muita raiva por parte das famílias de militares que se perguntam se estão na lista de escutas ilegais do detetive Mulcaire.
Anúncios - O escândalo repercutiu até nos anunciantes do News of the World, que se uniram ao coro de indignação da opinião pública e retiraram suas propagandas do jornal. Entre aqueles que já informaram que não vão mais anunciar no tabloide estão as empresas Ford, Vauxhall e Co-Operative.
Ações - A repercussão também alcançou o mercado. As ações do grupo News Corporation caíram 3,6 por cento em Nova York nesta quarta-feira. Os investidores temem que o escândalo coloque em perigo as chances de o grupo assumir o controle do satélite de transmissão British Sky Broadcasting. O vice de Cameron, Nick Clegg, defende que o pedido do grupo seja congelado, mas Cameron resiste a tomar a decisão.
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