Quarto Poder pediu demissão Por Alberto Dines em 17/5/2011 | |
Até recentemente quem estava nas manchetes da mídia impressa era a própria mídia impressa: "O jornalismo no papel vai acabar", "Jornais estão condenados" etc., etc., são títulos fake, obviamente inventados por este observador para retratar o clima funesto e apocalíptico que envolvia e envolve tudo o que se relaciona com a mídia impressa. Acontece que nos últimos tempos o noticiário vem se encaminhado na direção contrária: quem está visivelmente atrapalhada é a vasta galáxia cibernética. E, apesar disso, nem os veículos impressos nem os digitais conseguem recolher, compactar, contextualizar e dimensionar a sucessão de acidentes numa análise serena e ordenada. Em pouco menos de um mês tivemos os buracos na "nuvem" da Amazon, a admissão do fracasso do jornal-tablete The Daily, depois o perturbador aviso da Sony de que as conexões do sistema Playstation foram manipuladas por hackers. Agora são emitidas sérias advertências sobre a iminência de uma bolha causada pela irracionalidade da competição entre as empresas de TI. Campeia uma briga de foice entre os alucinados gigantes do setor. O mundo midiático jamais assistiu a um vale-tudo com estas proporções e intensidade. Real e virtual Entre as dramáticas revoluções ocorridas desde o fim do século 19 no campo da comunicação – pelo menos 10 – nenhuma foi tão drástica, surpreendente, trepidante e desnorteadora como a que estamos vivenciando, como agentes ou pacientes. O grande problema é que este desvario está sendo informado de forma fragmentada, intermitente, insuficiente e disfarçada. A mídia digital não tem fôlego nem perspectiva para se autoanalisar enquanto a mídia tradicional encontra-se tão emasculada e autoaviltada que perdeu suas referências e a capacidade de enunciá-las. "Paramos as máquinas, amanhã estaremos no twitter", proclama o "Cidadão Kane, Parte II". A mídia impressa assumiu-se como moribunda quando anunciou o seu funeral como se fosse façanha. E, enquanto não some definitivamente, saracoteia travestida de internet fingindo-se wired, plugada. O virtual impõe-se ao real, tudo é símile e simulação. Processo irrefreável O espetáculo chamado progresso tem os comunicadores como protagonistas, mas não consegue se comunicar. Estamos vivendo uma hora estelar com a cabeça enfiada na areia e o bumbum apontado para a Via Láctea. Simplesmente porque os papeis estão trocados e truncados – vendedores de maquinetas imaginam-se filósofos e filósofos estão mesmerizados: preferem investir nas bolsas em vez de tomar a sua dose diária de cicuta. É evidente que o processo digital não será revertido, nem freado. É evidente também que esta alucinação generalizada só interessa àqueles que cansaram de ser Quarto Poder. |
“EXMO. SR. JAIR MESSIAS BOLSONARO MD. PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA – DF Senhor Presidente, As Centrais Sindicais que firmam a presente vem, respeitosamente, apresentar-se à Vossa Excelência com a disposição de construir um diálogo em benefício dos trabalhadores e do povo brasileiro. Neste diálogo representamos os trabalhadores, penalizados pelo desemprego que atinge cerca de 12,4 milhões de pessoas, 11,7% da população economicamente ativa (IBGE/PNAD, novembro de 2018) e pelo aumento da informalidade e consequente precarização do trabalho. Temos assistido ao desmonte de direitos historicamente conquistados, sendo as maiores expressões desse desmonte a reforma trabalhista de 2017, os intentos de reduzir direitos à aposentadoria decente e outros benefícios previdenciários, o congelamento da política de valorização do salário mínimo e os ataques à organização sindical, as maiores expressões deste desmonte. Preocupa-nos sobremaneira o destino da pol
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