Antes de tecer meus comentários, quero dizer que além de professor universitário sou Funcionário Municipal há 17 anos e que não sou filiado ao PT nem ao PSDB (foco principal das discussões). Tenho acompanhado já há algum tempo a discussão sobre o desempenho da atual administração e algumas inquietações têm me acompanhado até agora. É na esperança que as discussões que se travam aqui sejam com a intenção maior de resolver ou mesmo contribuir com a solução de alguns problemas de nossa cidade que passo a expor minhas opiniões:
1. Se concordarmos que o ato de Administrar uma cidade não foge em muito ao de uma Grande Empresa, respeitando obviamente suas particularidades, inevitavelmente encontraremos a necessidade de explicitar qual é a Visão e a Missão desta Administração;
2. Dentre tantas decisões emergenciais que uma cidade demanda, há que se estabelecerem prioridades e urgências para se manter o foco à Visão e Missão escolhida. Isto posto, convido a um exercício bem simples: Do total da população de Araçatuba, quantos munícipes pertence às classes A, B, C, D e E?
3. Qual o universo desta população que necessita dos serviços de UBS, quantos tem Plano de Saúde Privado?
4. Da mesma forma, qual a parcela de araçatubenses que fazem uso do Sistema de Ensino Municipal, Estadual e Particular?
5. Se relacionarmos os itens de Saúde e Educação ao nível sócio-econômico, poderemos inferir que existe uma relação direta de convergência, o que nos leva a defender que estes dois indicadores devem ser prioritários em qualquer Administração responsável.
6. É óbvio que existe uma questão política que refletirá nas urnas, que é o nível de satisfação do eleitorado, ou seja, a quem se está agradando, quantos são? Para responder esta pergunta, penso que os dados propostos no item 1 são precípuos para identificar se quem lê estas linhas que escrevo fazem parte da maioria ou minoria da população, se a intenção de cada um é a solução dos problemas maiores de nossa cidade ou se estamos apenas olhando o mundo pelo buraco da fechadura ou ainda por, cada um olhando para seu próprio umbigo.
Após estas considerações chego ao ponto que mais me incomoda, onde entro em conflito interno, pois a questão maior é: a) Quem está desempregado, precisa do SUS e tem na escola a única fonte de esperança de uma vida melhor, trocaria tudo isto por ruas bem pavimentadas e sem buracos? b) Aquele que tem um bom emprego, filhos na escola particular, possui plano de saúde privado e também paga seus impostos em dia, não espera da Administração pública que ao menos tenha condições de trafegar com seu carro em ruas e avenidas com condições aceitáveis de conservação?
Por esta apresentação vemos que a necessidade de cada um muda de acordo com o momento e condição socioeconômica em que vive, fato que nos remete a pergunta final do item 6 desta reflexão. Prefiro buscar indicadores do IDH – Índice de Desenvolvimento Humano e entre uma escolha qualitativa e subjetiva (Educação e Saúde) ou outra escolha quantitativa e objetiva (asfalto e infra-estrutura urbana), mesmo desejando as duas, me remeto à necessidade de eleger prioridades que corroborem com a Missão e Visão eleita pela Administração Pública, que foi explicitada no Programa de Governo apresentado durante a Campanha Eleitoral.
Para finalizar, penso que só é possível fazer uma avaliação da atual administração municipal se considerar estes questionamentos apresentados. Acredito que somente será possível buscar níveis reais e sem vícios de intencionalidades se as pesquisas doravante feitas, apresentarem lisura em sua metodologia e cumprirem o papel maior de qualquer pesquisa que é representar uma dada realidade, sem vícios e isenta de hipóteses pessoais ou partidárias.
Manoel F. Santos-Jr
Professor e Funcionário Público
1. Se concordarmos que o ato de Administrar uma cidade não foge em muito ao de uma Grande Empresa, respeitando obviamente suas particularidades, inevitavelmente encontraremos a necessidade de explicitar qual é a Visão e a Missão desta Administração;
2. Dentre tantas decisões emergenciais que uma cidade demanda, há que se estabelecerem prioridades e urgências para se manter o foco à Visão e Missão escolhida. Isto posto, convido a um exercício bem simples: Do total da população de Araçatuba, quantos munícipes pertence às classes A, B, C, D e E?
3. Qual o universo desta população que necessita dos serviços de UBS, quantos tem Plano de Saúde Privado?
4. Da mesma forma, qual a parcela de araçatubenses que fazem uso do Sistema de Ensino Municipal, Estadual e Particular?
5. Se relacionarmos os itens de Saúde e Educação ao nível sócio-econômico, poderemos inferir que existe uma relação direta de convergência, o que nos leva a defender que estes dois indicadores devem ser prioritários em qualquer Administração responsável.
6. É óbvio que existe uma questão política que refletirá nas urnas, que é o nível de satisfação do eleitorado, ou seja, a quem se está agradando, quantos são? Para responder esta pergunta, penso que os dados propostos no item 1 são precípuos para identificar se quem lê estas linhas que escrevo fazem parte da maioria ou minoria da população, se a intenção de cada um é a solução dos problemas maiores de nossa cidade ou se estamos apenas olhando o mundo pelo buraco da fechadura ou ainda por, cada um olhando para seu próprio umbigo.
Após estas considerações chego ao ponto que mais me incomoda, onde entro em conflito interno, pois a questão maior é: a) Quem está desempregado, precisa do SUS e tem na escola a única fonte de esperança de uma vida melhor, trocaria tudo isto por ruas bem pavimentadas e sem buracos? b) Aquele que tem um bom emprego, filhos na escola particular, possui plano de saúde privado e também paga seus impostos em dia, não espera da Administração pública que ao menos tenha condições de trafegar com seu carro em ruas e avenidas com condições aceitáveis de conservação?
Por esta apresentação vemos que a necessidade de cada um muda de acordo com o momento e condição socioeconômica em que vive, fato que nos remete a pergunta final do item 6 desta reflexão. Prefiro buscar indicadores do IDH – Índice de Desenvolvimento Humano e entre uma escolha qualitativa e subjetiva (Educação e Saúde) ou outra escolha quantitativa e objetiva (asfalto e infra-estrutura urbana), mesmo desejando as duas, me remeto à necessidade de eleger prioridades que corroborem com a Missão e Visão eleita pela Administração Pública, que foi explicitada no Programa de Governo apresentado durante a Campanha Eleitoral.
Para finalizar, penso que só é possível fazer uma avaliação da atual administração municipal se considerar estes questionamentos apresentados. Acredito que somente será possível buscar níveis reais e sem vícios de intencionalidades se as pesquisas doravante feitas, apresentarem lisura em sua metodologia e cumprirem o papel maior de qualquer pesquisa que é representar uma dada realidade, sem vícios e isenta de hipóteses pessoais ou partidárias.
Manoel F. Santos-Jr
Professor e Funcionário Público
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